O cenário político de Estância confirma a liderança sólida de Gilson Andrade
(PSD), cuja trajetória é marcada pela confiança do eleitorado.
Ex-vice-prefeito, Andrade conquistou dois mandatos como deputado estadual e se
destacou como prefeito por dois ciclos consecutivos, encerrando sua gestão com
avaliação positiva. Ele manteve salários em dia, obras concluídas e várias em
andamento, posicionando-se como candidato competitivo para a Assembleia
Legislativa de Sergipe (Alese) em 2026.
Estância, tradicionalmente, tem
rejeitado ideologias de esquerda, um reflexo da memória negativa da gestão de
Gevani Bento (PMDB), há mais de duas décadas. Desde então, a oposição,
sobretudo representada por Márcio Souza (PSOL), não tem conseguido se firmar no
cenário local.
Márcio, que já foi uma figura
relevante, viu sua força eleitoral encolher ao longo dos anos. Em 2016, obteve
9.556 votos, contra 14.405 de Andrade. Quatro anos depois, em 2020, aumentou
para 12.887 votos, mas ainda foi superado pelos 18.867 de Andrade. No pleito de
2024, seu desempenho despencou para 2.928 votos, ficando atrás de Joaquim
Ferreira (PDT), com 13.278, e Rebeka (PL), com 3.878, mesmo com o petista
Dominguinhos como vice. Esse declínio refletiu a preferência por André Graça,
apoiado por Andrade, que venceu com 16.586 votos.
A oposição, fragilizada e, sem uma estratégia sólida, continua sofrendo
derrotas significativas. A postura conservadora e situacionista dos eleitores
estancianos favorece candidatos que representam continuidade administrativa e
gestão eficiente. Dessa forma, a oposição mal consegue garantir uma ou duas
cadeiras na Câmara Municipal, incapaz de ameaçar o domínio do grupo liderado
por Gilson Andrade.
Com a confiança do eleitorado e
sua habilidade em eleger sucessor e sete dos 15 vereadores, Andrade consolida
sua posição como uma força política crescente na região sul de Sergipe. Seu
legado como um dos principais líderes da política estanciana segue em expansão.
Por: Genílson Máximo
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