Hoje, ao folhear um antigo álbum de fotos, fui transportado para uma manhã singular que marcou minha vida de maneira profunda. Era um domingo tranquilo, e o toque do telefone interrompeu o silêncio da casa. Do outro lado da linha, ouvi a voz suave, quase sempre contida, de Doutor Jorge Leite, meu patrão. – Genílson, está ocupado? – Não, Doutor, respondi prontamente. – Vou passar aí na sua casa. Preciso que me acompanhe até o escritório da fábrica. A ligação encerrou-se tão rapidamente quanto começou, deixando-me intrigado. Por que um convite ao escritório em pleno domingo? Pouco tempo depois, o carro do Doutor parou em frente à minha casa, e lá fui eu, sem questionar. No caminho, não pude conter minha curiosidade e perguntei o que ele planejava fazer naquele horário tão atípico. A resposta veio acompanhada de uma expressão que, para ele, era rara: um sorriso discreto, mas genuíno. – Quero que você veja uns pássaros que vêm comer frutas próximas à escada do escritório. C...
Por: Genílson Máximo