Capitão Salomão, centro |
Por:
Genílson Máximo
Estância, traz de pia, nome que converge em ascensão ao substantivo feminino. Nome que agrada ouvir sua sonoridade e que não o é cacófato. Por conta da sua simbiose com o município de Santa Luzia - do qual foi povoação - quiçá, recebeu do mexicano Pedro Homem da Costa o nome de Estância, talvez por ser um local de paragem, de descanso quando das viagens de comércio entre outros os povos da época.
Denominada pelo monarca Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe, Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular com os seus pitorescos nomes.
O programa "Sábado Esperança", levado ao ar pela Rádio Esperança, no intróito é feita a leitura dos nomes dessas ruas com o objetivo de que essa cultura continue acesa no convívio dos mais jovens no sentido de remontar a história de um povo que tem dado uma das mais importantes contribuições culturais para o estado.
São elas: Rua do Arame, da Rua dos Ferreiros, da Rua da Opa, da Rua do Cravo, da Rua da Rosa, da Rua da Baixa, da Rua do Sol, Rua da Barra, Rua do Areial, da Rua do Capim Macio, Rua do Quilombo, Rua do Gato Preto, Rua do Gravatá, Rua do Bumbunrum, Rua dos Ferreiros, Rua da Chapada, Rua do Sangue, Rua da Alegria, Rua do Limoeiro, Rua do Xixio, Rua dos Pilares, Jardim Velho, Rua do Pernambuquinho, Rua do Malheiro, Rua da Tamanca, Rua do Triunfo, Rua do Cajueirinho, Rua do Queiroz, Caminho do Rio, Rua da Miranga, Rua do Ouro, Rua Formosa, Rua do ABC, Alto da Conceição, Rua do Pompeu, Beco das Canas, Beco das Panelas, Beco da Rendeira, Beco da Galinha Morta, Arrepiada, Cabeça do Boi.
Estância possui um povo extremamente educado, trabalhador, receptivo, festeiro e de profunda fé cristã. O município é abençoado pela Imperatriz da America Latina e também Padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe. Estância abraça um povo aguçado no quesito da criatividade cultural.
O escritor baiano Jorge Amado viveu em Estância por volta do ano de 1937, à época escreveu aqui parte do romance “Capitães de Areia” e, também, imortalizou a frase: “Estância cidade quase idílica, onde habita o povo mais cordial do mundo”. A frase está escrita em placa de bronze fixada em um monumento na Praça Barão do Rio Branco.
Toda essa riqueza imaterial existente no município, quase apagada da sua história, seria oportuna uma pesquisa para o resgate dos seus valores histórico no sentido de mantê-los vivos no seio da sociedade?
"Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado."
Emília Viotti da Costa
Denominada pelo monarca Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe, Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular com os seus pitorescos nomes.
O programa "Sábado Esperança", levado ao ar pela Rádio Esperança, no intróito é feita a leitura dos nomes dessas ruas com o objetivo de que essa cultura continue acesa no convívio dos mais jovens no sentido de remontar a história de um povo que tem dado uma das mais importantes contribuições culturais para o estado.
São elas: Rua do Arame, da Rua dos Ferreiros, da Rua da Opa, da Rua do Cravo, da Rua da Rosa, da Rua da Baixa, da Rua do Sol, Rua da Barra, Rua do Areial, da Rua do Capim Macio, Rua do Quilombo, Rua do Gato Preto, Rua do Gravatá, Rua do Bumbunrum, Rua dos Ferreiros, Rua da Chapada, Rua do Sangue, Rua da Alegria, Rua do Limoeiro, Rua do Xixio, Rua dos Pilares, Jardim Velho, Rua do Pernambuquinho, Rua do Malheiro, Rua da Tamanca, Rua do Triunfo, Rua do Cajueirinho, Rua do Queiroz, Caminho do Rio, Rua da Miranga, Rua do Ouro, Rua Formosa, Rua do ABC, Alto da Conceição, Rua do Pompeu, Beco das Canas, Beco das Panelas, Beco da Rendeira, Beco da Galinha Morta, Arrepiada, Cabeça do Boi.
Estância possui um povo extremamente educado, trabalhador, receptivo, festeiro e de profunda fé cristã. O município é abençoado pela Imperatriz da America Latina e também Padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe. Estância abraça um povo aguçado no quesito da criatividade cultural.
O escritor baiano Jorge Amado viveu em Estância por volta do ano de 1937, à época escreveu aqui parte do romance “Capitães de Areia” e, também, imortalizou a frase: “Estância cidade quase idílica, onde habita o povo mais cordial do mundo”. A frase está escrita em placa de bronze fixada em um monumento na Praça Barão do Rio Branco.
Toda essa riqueza imaterial existente no município, quase apagada da sua história, seria oportuna uma pesquisa para o resgate dos seus valores histórico no sentido de mantê-los vivos no seio da sociedade?
"Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado."
Emília Viotti da Costa
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