Em Estância, o São João é um marco cultural, considerado o mais tradicional do Brasil, com 30 dias de festejos que celebram a riqueza do forró pé de serra. Os trios de sanfona, zabumba e triângulo animam os arraiás, mas a cidade enfrenta a perda de grandes sanfoneiros, como Zé Taquary, Badinho, Tota Machado, Zé Rodrigues, Raimundo de Jacó, Zedinato e Patelô. Hoje, poucos, como Neno, Zé Carlos e Gonçalo, mantêm a chama acesa. A ausência de novos talentos ameaça a essência do forró local. É urgente que órgãos públicos invistam em políticas de incentivo, como escolinhas de sanfona e bolsas de estudo, para formar jovens sanfoneiros. Sem o pé de serra, o São João perde parte de seu encanto, e a cultura forrozeira, tão vital para a identidade nordestina, corre o risco de murchar. O forró nasceu no Nordeste, especialmente em Pernambuco, Paraíba e Ceará, como uma evolução das tradições musicais e culturais da região. Suas raízes estão por toda parte do país. A mistura de zabumba, triângulo e...