Ah, Estância! Nas décadas de 70, 80 e 90, essa nossa querida cidade era palco de personagens peculiares, indivíduos que, embora aparentassem ter alguma deficiência intelectual, conquistavam um lugar cativo no coração de todos. Eles faziam parte do cotidiano das ruas, sempre deixando suas marcas por onde passavam. Hoje, graças a avanços nas políticas públicas, é raro vermos figuras assim perambulando pelas vias, mas a memória desses tempos é tão viva quanto as piadas que nos faziam rir. Se hoje há respeito e inclusão, naquela época o humor ácido e irreverente era o jeito de lidar com essas figuras icônicas. Lembro-me de 'Carcará', uma senhora de seus quarenta anos, conhecida tanto por seus cabelos desgrenhados quanto pelo vocabulário afiado. Ela se sentava na calçada do SESP, olhando o infinito com a testa franzida, como quem estivesse prestes a resolver os mistérios do universo. Só que o universo parecia não colaborar muito, porque, a cada passada de alguém, ela soltava: “Tá
Por: Genílson Máximo