Voltando no tempo, pesco lembranças dos anos da década de 70, quando vivi no bairro Porto d’Areia, onde desfrutei dos melhores anos da minha infância, lembranças que guardo com carinho no caçuá que transportei por todos esses anos. Nos anos 70, costumava-se ouvir o apito da fábrica têxtil Santa Cruz que anunciava a troca de turno de seus operários através do ronco de sua chaminé que ecoava às seis horas da manhã, às onze horas e, também, às dezesseis horas. Igualmente, a fábrica Senhor do Bonfim, também de tecidos, se comportava. Viam-se operários às pencas a se movimentarem pelas ruas com suas fardas orgulhando os trabalhadores proletários. Aquele tempo deixou profundas lembranças no seio da família estanciana. Atualmente a fábrica Santa Cruz mantém sua antiga chaminé intacta, revelando sua imponência, registro de um tempo que ficou na curva da história. Meninos, costumávamos ir ao cinema. À época existiam o Cine Guarany (do saudoso Teixeira), o Cine Gonçalo Prado (do saudoso Jorge ...