O Brasil é um país marcado pela força do eleitorado feminino, que representa metade dos votos nas urnas. Contudo, esse dado, que poderia refletir uma equidade de gênero na política, se dissipa diante de uma dura realidade: a mulher ainda é presença tímida nos poderes Executivo e Legislativo. A ausência de representação feminina efetiva nesses espaços de poder revela uma discrepância preocupante, sobretudo em um país que se orgulha de sua democracia. Estatísticas nacionais mostram que, embora as mulheres compõem 51,8% da população brasileira e 52,5% do eleitorado, a presença delas nos cargos de decisão ainda é baixa. Atualmente, menos de 15% das cadeiras da Câmara dos Deputados são ocupadas por mulheres, e a situação se repete em esferas estaduais e municipais. Essa sub-representação não é apenas um reflexo de estruturas históricas de poder que marginalizam as mulheres, mas também de desafios contemporâneos, como o preconceito, a falta de apoio partidário e os obstáculos fi...