Nossa
conversa se estendeu por aproximadamente duas horas, abordando uma variedade de
assuntos. Nesse entremeio ele me presenteou com um livro da autoria intitulado “Estância
Folclórica”. O livro reúne uma coleção de crônicas que retratam suas memórias
vividas em Estância. Uma frase do livro revela o amor profundo que autor nutria
pela cidade: “Em amor a Estância, ninguém me excede”.
É
possível que os jovens de hoje desconheçam a trajetória do Major Oswaldo Freire
da Fonseca, nascido em Estância em 05 de dezembro de 1912. Ele provinha de uma
família humilde e, ao longo dos anos, ingressou nas fileiras do Exército
Brasileiro, alcançando a patente de Major.
Naveguei
nas lembranças das visitas que fiz à Biblioteca Pública Municipal Monsenhor
Silveira, na década de oitenta, nas conversas com Carlos Tadeu, diretor da
biblioteca, sabia das doações de enciclopédias feitas pelo Major Osvaldo.
Major
Osvaldo também contribuiu significativamente com os jornais locais,
enriquecendo suas páginas com artigos, matérias e crônicas publicadas no ‘Folha
Trabalhista’ e ‘Gazeta de Estância’. Ele também deixou sua marca em Jacutinga
(MG), onde exerceu o cargo de Prefeito. Além das doações feitas à biblioteca
municipal, também ajudou a centenária Lira Carlos Gomes, sua foto está entre a
galeria dos ex- presidentes e colabores.
Durante
nossa loquacidade, o Major Osvaldo revelou: “Estou fazendo essa visita sabendo
que talvez não tenha outra oportunidade de estar em Estância. Minha saúde está
frágil, mas estando na cidade de Estância fiz questão de conhecê-lo
pessoalmente.”
Infelizmente,
o Major Osvaldo faleceu no dia 13 de novembro de 2001, após um acidente
ocorrido em sua própria casa, na cidade de Jacutinga (MG). Ele foi
hospitalizado e não resistiu. Dedico essa crônica em memória desse notável
estanciano.
Autor:
Genílson Máximo
Por: Genílson Máximo
Em 03 de junho de 2018.
Comentários