Os protestos que vêm ocorrendo em todo o
Brasil, há cerca de uma semana, voltaram a ser o principal tema no
Plenário do Senado nesta terça-feira (18). Vários senadores observaram
que as manifestações refletem demandas que, na avaliação da população,
não têm sido atendidas pelo Estado.
Na segunda-feira, em Brasília, manifestantes chegaram a subir na marquise do Palácio do Congresso Nacional,
depois de marcha que percorreu toda a Esplanada dos Ministérios. A
cidade do Rio de Janeiro registrou a maior mobilização: cerca de 100 mil
pessoas participaram dos protestos.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) apontou uma “inversão de prioridades”
com os investimentos feitos nos novos estádios para a Copa das
Confederações e a Copa do Mundo. Segundo ele, a sociedade quer mais
recursos em áreas como saúde, educação e mobilidade urbana – as
manifestações, hoje com reivindicações variadas, começaram com
movimentos pela redução das tarifas do transporte público.
Na opinião de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), as conquistas sociais dos
últimos anos se tornaram insuficientes diante das novas demandas,
principalmente em relação à qualidade dos serviços públicos. Ele também
considerou que as manifestações mostram uma crise no sistema
representativo brasileiro.
Já Inácio Arruda (PCdoB-CE) sugeriu a inclusão na pauta do
Legislativo de alguns dos temas presentes nas passeatas, como a melhoria
do transporte público, recursos para educação e saúde e medidas
voltadas aos trabalhadores e aposentados.
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