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PREFEITURA DEIXA ESTÂNCIA SEM RÉVEILLON

Foto arquivo - Réveillon 2012/2013
Por: Genílson Máximo
É sabido que as pessoas preferem o litoral para festejar a transição de anos. As Praias de Abais, Saco e Dunas são as preferidas dos estancianos e cidades vizinhas como Boquim, Santa Luzia, Indiaroba, Umbaúba, Itabaianinha, Pedrinhas, até da Bahia, a exemplo de Rio Real, Jandaíra e outras, lotando esses locais com imensa presença humana, onde o incentivo da Prefeitura é de suma importância.

A Prefeitura de Estância, por meio da sua Comunicação, no decorrer dessa semana noticiou que não faria a festa de Réveillon nas praias. A notícia caiu como um balde de gelo sobre a população que tem na festa um meio de ganhar a vida. Uma categoria que ficou P da vida foi a dos barraqueiros que investiu na compra de bebidas e comidas para abastecer o evento e pode ter problemas; além de prejuízos à cooperativa de transportes e aos donos de hotéis que podem ficar a ver navio. E por conta de uma determinação do Poder Judiciário, está proibida a utilização de sons como os chamados Paredões que agiam como coadjuvantes na animação.

Por muitas décadas o réveillon de Estância fora uma das melhores alternativas de virada de ano desde os governos de José Nelson, de Gevani Bento e por oito anos ininterruptos na gestão do ex-prefeito Ivan Leite. No último ano da gestão passada, Ivan Leite bancou a festa com recursos pessoais; atrações como Banda Prathiter, Banda Forró da Folha e Doce Sedução animaram a noite de ano-bom. O governo estava no fim, mas Ivan foi sensível e não deixou a festa sem acontecer.

Esta decisão do gestor municipal produz uma avaliação negativa do Governo. Não dá para entender como são gastos cerca de 250 mil reais na ornamentação natalina e deixar de realizar a festa de réveillon que tem o mesmo peso cultural na crença dos cristãos. Cidades de menor porte como Itaporanga e Tomar do Geru dão um puxão de orelha na gestão local. Estância vai na contramão e dá um banho de água gelada nos seus munícipes, inclusive naqueles que engrossavam o coro ‘Agora Pode’. É preciso que a gestão municipal dê uma explicação mais detalhada e que seja convincente. 

Não vamos aqui fazer comparações, mas, citarmos como referencial: na gestão do ex-prefeito Ivan Leite as Praias de Abais, Saco e Povoado Farnaval foram palcos de animadas festas de réveillon durante oito anos; na Praia de Abais a presença humana era de aproximadamente 40 mil pessoas; já a Praia do Saco e o Povoado Farnaval eram tomadas por centenas foliões alegres. 

Em seus discursos de campanha, o atual prefeito dissera: “O lucro de uma prefeitura é o bem-estar do seu povo”. Este é o momento, doutor Carlos, de fazer valer o que prometera: dizia Ulisses Guimarães: “Quem vai na frente bebe água limpa.”

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