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Futuros prefeitos devem amortizar exclusão social e defender o meio ambiente


Por:Genílson Máximo

Foto:Ilustração/google

Dos temas que os futuros governantes precisam  encarar, um  é  cuidar do  meio ambiente, outro  é  cuidar dos  excluídos, jovens pobres que são empurrados para a vulnerabilidade formando exércitos de recusados. Pobreza, homicídio, emprego, escolaridade, analfabetismo, desigualdade  são alguns dos vilões a serem desafiados  a partir do ano que se avizinha.

É  fundamental  que os futuros  agentes públicos  tenham  o devido zelo pelo meio ambiente tal qual se tem com o próprio lar; afinal,  o meio ambiente é o lar de todos, dele depende todas as formas de vida. Os impactos ambientais estão associados com a pobreza, com a falta de saneamento, com os modos de produção predatórios, com modelos de desenvolvimento excludente, com oportunidades negadas.  Temas como  meio ambiente, violência urbana,  vulnerabilidade de jovens,  são questões  que precisam ser  elencadas  nas prioridades de gestores públicos.

Em Estância, por exemplo,  temos visto  a cada dia  jovens declinarem ao mundo do crime e serem encaminhados aos presídios. É sabido que a exclusão produz a exploração sexual, induz o sujeito a toda sorte de crimes;   de forma igual, se vê as matas ciliares sendo devastadas, nascentes serem  extintas, matas que desaparecem  para dar lugar à pecuária, a dar lugar à  carcinicultura; rios como o Capivara  correndo em seu leito de morte, o Piauitinga absorvendo  esgotos in-natura,  assoreado e morrendo a conta-gotas.

Foto:Ilustração/Google

O Rio Piauitinga nasce em Salgado. É o único rio de água doce da região. Os demais apresentam um elevado grau de salinidade e em seu curso é retirado  água para abastecer cerca  de 400 mil habitantes somados  de Lagarto, Salgado, Boquim, Estância, Riachão do Dantas, Tobias Barreto, Simão Dias. Estância fica com  a sua foz, que  deságua no Rio Piauí. E como disse o papa Francisco "Qualquer dano causado ao meio ambiente é um mal feito a toda a humanidade".

É preciso que os governantes  possam ir mais além dos compromissos assumidos solenemente.  Promover meios para que cada cidadão possa ser ator do seu próprio destino, de forma positiva, contribuindo  com a construção de uma sociedade ainda mais consciente da sua responsabilidade  diante do meio ambiente.

Dados revelam índices gritantes de mortes  por banalidade, motivo fútil,  com o uso de armas de fogo,  onde jovens  afro descendentes de escolaridade baixa  são as  vítimas mais presentes  e, também,  estão em maior número nos presídios.    O Mapa da Violência (2015)  revela  que na comparação com 85 países analisados, o Brasil ocupa o terceiro lugar em relação à taxa de homicídios de adolescentes de 15 a 19 anos. Com o índice de 54,9 homicídios para cada 100 mil jovens nessa faixa etária, o país é superado apenas por México e El Salvador.

Com o fito  em nossa aldeia (Estância) é gritante o número de jovens na idade produtiva  quase que sem horizonte,  lotando  praças, calçadas  e às vezes sendo içados pela criminalidade que campeia em escaladas sem freios,  rompendo paradigmas sociais, fazendo vítimas do trabalhador à autoridade. Sabe-se  que esse tema está entrelaçado a tantos outros, em meio a um  emaranhado de problemas que a sociedade  não deve  se acovardar de cobrar  ação dos governantes.

Foto:Ilustração/Google

Vê-se de forma silenciosa ações predatórias que mudam a geografia  a cada dia  e  as dores, sem dúvida,   serão sentidas na pele das futuras gerações. São devastados manguezais, florestas, derrubadas árvores  nativas,  assoreamento de rios, sumiço de nascentes,  numa ação constante  como se esses fossem infinitos.  

É necessário e urgente construirmos um país mais justo, com mais acesso, com mais oportunidade a todos, com menos violência, com menos impactos ambientais, com mais saúde, com mais educação de qualidade, com menos exclusão, com menos violência. Mesmo  com a CF  preconizando que as políticas sociais devem ser vistas como instrumentos, de ação pública, de combate à exclusão social, de promoção da qualidade de vida social,   é preciso  despertar  a sensibilidade   política e o comprometimento   dos que governam a nação.




Genílson Máximo

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