Pular para o conteúdo principal

Vereadora de Tomar do Geru diz que têm comunidades bebendo lama em vez de água

Vereadora Josefa Diniz: "Comunidades distantes estão sem o abastecimento da Prefeitura e tendo que comprar água"

A vereadora mais votada de Tomar do Geru, Josefa Diniz (PSB), no último sábado (28) participou do programa “Sábado Esperança”, apresentado pelo radialista Genílson Máximo – Rádio Esperança de Estância -  e  reclamou da situação em que se encontra o seu município  que é governado pelo prefeito Pedrinho de Balbino (SD). Segundo a parlamentar, a atual gestão tem  deixado de mão as estradas dos povoados, sem patrolar, sem mandar roçar as margens; coleta do lixo  ineficiente;  povoados em total escuridão, sem substituição das lâmpadas queimadas – As pessoas chegam em casa, nos povoados, de tanto escuro, nem sabem para que lado fica a casa – disse a vereadora.

De acordo com  sua exposição,  80% dos poços artesianos não funcionam no município.  Em  cerca de 20% desses poços foram colocadas cercas e cadeados, liberados apenas  500 litros de água às famílias por semana, mesmo que o poço seja na comunidade, para que não  haja gasto com energia, denuncia a vereadora.  

- Diante do racionamento da água  muitas famílias  estão  comprando água. Onde há chafariz são liberados 500 litros para uma semana. Onde não há chafariz, estão bebendo água misturada com lama, água imprópria para consumo. Há muitas famílias que moram nos povoados Lopes,  Sobrado, Poço das Moças, Ilha, não têm condições de comprar água porque a distância encarece o preço da água – reforça a Sra. Josefa Diniz.

 A parlamentar Psbista  continuou com a sua dissertação:

- O vice-prefeito ‘Totinha’, que é Secretário de Obras, alega que não há mais condições de levar água a esses povoados mais distantes.  As famílias dos  povoados Baiá e Brejinho são atendidas com 500 litros por semana, em outras comunidades as famílias estão utilizando água inadequada, bebendo lama, água que pode estar até contaminada,  por  conta de não  terem seus tanques sangrados – relatou. 

Outra dificuldade  pontuada,  disse a vereadora, é a falta de reposição de lâmpadas nos povoados.  “O escuro é tamanho que muitas pessoas têm reclamado que ao chegar em casa não sabem  para que lado fica a casa”.

Na semana passada, a vereadora também denunciou que a Assistência Social  nem sequer distribui cesta  básica às famílias que foram afastadas das atividades das pedreiras e enfrentam dificuldades com a falta de renda e  alimentação.

Diante da  exposição  da parlamentar, nossa reportagem entrou em contato com o prefeito Pedrinho Balbino:  com relação  a não ter um programa de assistência aos trabalhadores que  tiveram que deixar as pedreiras (houve um imbróglio entre as cooperativas e órgãos de fiscalização ambiental)  o prefeito disse que não tinha interesse de travar esse debate com a vereadora; no entanto, respondeu-nos  através de texto.

 -  Existem várias razões do Município não ter como assistir aos trabalhadores das pedreiras. Em virtude do débito  junto à Caixa Econômica Federal, referente aos empréstimos que foram DESCONTADOS DOS SERVIDORES e NÃO PAGOS  pela gestão anterior (2013/2016), o Município está INADIMPLENTE, DEVENDO. Esta situação impede a liberação da Certidão Negativa. Por conta desta situação, estamos impedidos de recebermos  recursos federais, inclusive,  do Ministério da Cultura, destinados pelo deputado  André Moura  para a realização da Festa do Carro de Bois. Foram várias tentativas no sentido de buscar uma solução para resolvermos este problema, sem sucesso. Lamentavelmente, por irresponsabilidade e por falta de compromisso, prática comum entre 2013 e 2016, estamos impedidos de realizarmos a nossa Festa do Carro de Bois, pois, hoje, os munícipes sofrem não só pela crise financeira, mas, principalmente, pelo pagamento que já fizemos de parte do débito deixado de mais de R$ 42 milhões – explicou o prefeito Balbino.


Sobre a fala da vereadora do último sábado (28), o prefeito, indagado por nossa redação, ignorou.



Ouça o áudio



Por:Genílson Máximo