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Sergipe: do país do forró ao país da violência


Mapa da Violência aponta Sergipe como o 3º em número de homicídios

A média de mortes em Sergipe é de 58 para cada 100 mil habitantes, o dobro da média nacional


Rogério Cardoso, artista estanciano, cantava em voz de boa sonoridade “Sergipe é o país forró, tem gente bonita que só...”, uma música que remetia ao um tempo em que o Estado era um paraíso de tranquilidade para os seus filhos. À época muito aquém da realidade que hoje o coloca entre os três estados mais violentos do país, dados que envergonham nossa gente.

Segundo o Mapa da Violência, apenas nove minutos é o intervalo médio de tempo entre os assassinatos de uma e de outra pessoa no país. Por dia são mortos 160 cidadãos de forma violenta e intencional. A pandemia continua à solta e pelo visto está longe de ser encontrada alternativa que venha minorar a situação vexatória.

 De acordo ainda com o Mapa da Violência Pública, a média de mortos é de 30 para cada 100 mil habitantes, e em Sergipe é de 58, quase o dobro da média nacional. 70% desses crimes estão ligados diretamente com as drogas, revela o promotor Djaniro Jonas.  Prova disso, no último final de semana, 29 corpos deram entrada no IML, a maioria vítimas de arma de fogo, mortes violentas.
De ontem para hoje – de segunda, 06 a terça, 07 – deram entrada no IML oito corpos, sendo seis por morte violenta.

Dados da Ascom/IML

Veja as cidades que lideram a violência no estado.

Cidades sergipanas citadas no relatório:

42º - Ribeirópolis - 63,3 homicídios/100 mil habitantes
62º - Areia Branca – 56,6 homicídios/100 mil habitantes
91º – Laranjeiras – 50,7 homicídios/100 mil habitantes
94º – Moita Bonita  – 50,4 homicídios/100 mil habitantes
115º – Santo Amaro das Brotas – 48 homicídios/100 mil habitantes
118º – Propriá – 47,9 homicídios/100 mil habitantes
121º – Itabaiana – 47,6 homicídios/100 mil habitantes
128º – Aracaju– 46,7 homicídios/100 mil habitantes

Sergipe já foi o lugar mais tranquilo para viver no Brasil, com a vinda da crise tem se tornado um dos piores e a segurança pública não acompanhou a escalada, investiu em salários de policiais (positivo) e não estruturou as Polícias que enfrentam dificuldades diversas, realizam um trabalho de herói, um trabalho hercúleo no combate à violência. Sem os devidos investimentos, sem um trabalho entrelaçado com os demais órgãos - estados e união – combater a violência pública é o mesmo que enxugar gelo.

Parabólica News