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EVALDO BRAGA: UM COMETA QUE PASSOU SEM DEIXAR RASTROS




No dia 31 deste mês faz 46 anos da morte do Ídolo Negro, Evaldo Braga. Cantor de sucessos nacionais tais como “Eu não sou lixo”, “Sorria, Sorria”, “Meu Deus”, “A cruz que carrego”, “Mentira”, entre outras. Notabilizou-se nos anos 70 como ídolo do gênero brega e Black music.

Nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ), em 26 de maio de 1945. Há comentários que a sua mãe, supostamente, era uma prostituta da cidade de Campos e que o teria abandonou numa lata de lixo.  Fruto de uma relação extraconjugal, o seu pai o levou para casa e por conta da rejeição da mulher, teria entregado o menino a uma senhora. Sem conhecer sua mãe biológica, Evaldo Braga viveu parte da sua infância nas ruas, chegando a ser internado em uma casa de apoio a menor, onde ficou durante muitos anos.

Evaldo trabalhou como cozinheiro, ajudante na Varig, na General Eletric, como engraxate,   na porta da Rádio Mairink Veiga,  quando passou a trabalhar  como divulgador de artistas como Lindomar Castilho, Paulo Sérgio e Nilton César. Dessa forma, passou a percorrer redações de rádio, jornal e TV à época. Sempre que algum astro faltava, o Evaldo entrava para cantar as músicas dos artistas que ele divulgava. Assim, acabou sendo descoberto pelo produtor e compositor Osmar Navarro.

Gravou seu primeiro compacto simples pela RCA Victor, com apoio do amigo Osmar Navarro.  Gravou outros LPs que o consagrou um dos mais disputados artistas da época. Fazia mais de 80 shows ao mês, aparições em programas de rádio e TV, chegou a vender mais de 2 milhões de cópias, recebeu Discos de Ouro.

No dia 31 de janeiro de 1973, quando retornava de um show em Belo Horizonte o seu veículo (Variant TL) chocou-se frontalmente com uma carreta na BR-3, no Estado do Rio; aos 28 anos, no auge do sucesso, o Brasil perdia uma das vozes mais lindas do seu cancioneiro popular. Com ele também morrem o motorista (Harley) e o empresário (Paulo César Santoro).

Um dos seus desejos era encontrar a sua mãe biológica. Não realizou o sonho. Morreu sem deixar herdeiros. Sua trajetória artística foi curta, de 1970 até 31 de janeiro de 1973.



Por: Genílson Máximo




Por: Genílson Máximo