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Dívida social com o negro do Brasil ainda faz nosso povo cantar de dor




28 de setembro de 2019 é Dia da Lei do Ventre Livre, promulgada em 28 de setembro de 1871, assinada pela Princesa Isabel, há 148 anos, considerava livre todos os filhos de mulher escrava, nascidos a partir da data da lei.

Então, imaginemos a alegria que essa lei proporcionou às mães escravas à época. Embora, elas continuassem ainda como escravas, tiveram que esperar durante 17 anos para conquistarem a liberdade através da lei áurea, mas tinham a certeza de que os filhos estavam livres do pelourinho. “Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu perderia para por fim à escravidão”, disse Dona Isabel.

Apesar de o Brasil ter sido o último país das Américas a abolir a escravidão, deve-se reconhecer o empenho da filha de D. Pedro II, princesa Isabel que sofreu ameaças de morte por ter assinado a lei do ventre livre e por ter libertado os escravos, contrariando muitos interesses.

Há outras mulheres “esquecidas” pela historiografia oficial, exemplos de luta e resistência em diferentes momentos da história do Brasil: Dandara – guerreira negra do período colonial brasileiro, esposa de Zumbi dos Palmares, suicidou-se no final do século XVII, atirando-se a um abismo para não voltar à condição de escrava.



Esperança Garcia é um nome pouco conhecido no Brasil. Esperança entrou para a história como a primeira mulher a escrever uma petição, na condição de escrava, para o governador do Piauí, Gonçalo Lourenço, denunciando os maus-tratos que sofria na fazenda em que vivia.  

Dos 500 anos do Brasil, cerca de 400 anos viveu-se em escravidão. As autoridades eram coniventes, o comércio de escravo rendia lucros escandalosos. A partir do fim da escravidão o país ficou com uma dívida social, os escravos libertados, largados à sorte, sem perspectivas, só lhes restaram os guetos, a exclusão social, serem amontoados em futuras favelas, sem amparo e sem qualquer instrução.

Há quase um século e meio não se vê esforço para superar a pobreza, reduzir as desigualdades, criar oportunidades e conquistar avanços econômicos e sociais que venham minorar as desigualdades sociais que campeiam desde a libertação dos escravos.

Fica uma pergunta: porque só o negro foi escravizado? O que se escondia por trás? Será porque o negro era pacífico? Aceitava as situações humilhantes impostas?

Não! Porque à época todo o navio que chegava à África para comprar escravos, o rei praticava taxação de impostos e isso rendia muito, muita gente tinha lucros de mais de 300% e o rei concordava com esse comércio perverso, isso lhe enchia os cofres.

A riqueza dos europeus que viviam no Brasil há cerca de 500 anos foi construída através de mão de obra escrava. A relação de poder entre o branco e o negro era justificada, pelos primeiros, através da bíblia e de teorias científicas sem fundamento. Aos 13 de maio de 1888, sancionada a Lei Áurea, os negros estavam livres, o problema “solucionado”, entretanto, mudado de contexto.

É preciso que a nação faça uma imersão na sua história, conheça mais o período da escravidão, para saber que as desigualdades sociais dos dias de hoje são frutos da escravidão brasileira. Uma ferida ainda aberta.



Por; Genílson Máximo



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