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MILHÕES DE CRIANÇAS NO BRASIL TÊM INFÂNCIA NEGADA



Dia das Crianças, uma data comemorada em diferentes países, cada país escolhe uma determinada data e certos tipos de celebrações para lembrar os seus menores.

Mas, além das celebrações a serem feitas, é um dia também que pede a nossa atenção para uma realidade nua e crua, feito fera, que devora vidas de crianças país a fora.

Indicadores sociais revelam uma realidade perversa. No Brasil, 22,6% das crianças e adolescentes com idade entre 0 e 14 anos vivem em situação de extrema pobreza. Isso corresponde a 9,4 milhões de menores com renda domiciliar per capita mensal inferior a um quarto de salário mínimo. Os dados fazem parte do Cenário da Criança e do Adolescente 2019, feito pela Fundação Abrinq com base nos dados mais recentes do IBGE.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), crianças e adolescentes até 17 anos, em extrema pobreza, são privados de direitos fundamentais como educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil.

Falar de extrema pobreza, da falta de alimentos na mesa na idade primordial para o desenvolvimento da criança, peso, altura, formação dos órgãos, se faz necessário.

A extrema pobreza leva à desnutrição infantil. É um assunto que ainda pede atenção no Brasil. A união do cuidado dos pais, iniciativas de órgãos governamentais, são importantes para garantir o pleno desenvolvimento das crianças.

A desnutrição ocorre quando o organismo não recebe os nutrientes necessários para o seu metabolismo adequado - frutas, cereais, legumes, hortaliças, leite, carnes, etc.
Milhões de crianças que vivem na linha da pobreza no Brasil só contam com a alimentação adequada na escola. Cerca de 42 milhões de crianças recebem alimentação nas escolas públicas do Brasil. Férias escolares, para essas, significam fome. O coração de Mãe se aperreia quando não têm o que dar para os filhos comerem.

“Corta-me o coração quando eles querem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda", relata a Sra. Alessandra, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, cidade mais rica do país.

Esse é o retrato de uma realidade amarga, perversa, num país que contabiliza bolsões de pobreza em todos os seus quadrantes. Um país de invisíveis e deixados à sorte. No Brasil onde os 10% mais ricos ganham cerca de 17,6 vezes mais que os 40% mais pobres, aponta IBGE.

A desnutrição infantil está diretamente relacionada às condições de vida das famílias de baixa renda. A desnutrição é responsável por 55% das mortes de crianças até os cinco anos em todo o mundo.
Enquanto milhões de crianças, no Dia da Criança, não têm sequer um pedaço de pão, o deputado Marcos Feliciano gastou 150 mil em tratamento dentário, pago pelo contribuinte.

Foram gastos quase dois bilhões do fundo partidário, dinheiro público, para patrocinar campanhas eleitorais; enquanto um procurador público reclama do salário de 24 mil reais, enquanto deputados gastarem este ano mais de R$ 19 milhões em passagens, milhões de crianças passam fome nos estados do nosso país.

O que o Brasil está construído para o futuro das nossas crianças?
Medite! Pense! Faça uma profunda reflexão e veja como você pode mudar essa realidade.



Por: Genílson Máximo