De 1998 a 2010, doze anos se passaram, Estância ficou com os holofotes apagados sob sua cadeira na Alese e na Câmara Federal, por mais de uma década o município passou de personagem de destaque à figura coadjuvante na esfera politica.
Estância já teve dois deputados estaduais. Carlos Magno elegeu-se deputado
estadual nas eleições de 1990, com mandato de 1991 a 1994, pelo PFL; Ivan Leite
também se elegeu deputado estadual no mesmo ano (1990) com mandato entre
1991/1994, pelo PPR; Ivan foi reeleito (1994) e Carlos Magno, no mesmo ano,
candidatou-se à Câmara Federal, sendo eleito. Antes dois deputados estaduais,
na sequência Estância
passou a ser representada por um deputado estadual e por um deputado federal. À
época o município foi bem representado, tinha força política convergindo a seu
favor.
Em 1998, Ivan Leite e Carlos Magno não conseguem a reeleição. Estância, então,
tem suas cortinas encerradas na esfera estadual e federal e declina no
esquecimento.
Após um silêncio de doze anos, com as eleições de 2010, o médico Gilson Andrade
faz Estância voltar a ter voz na Câmara Estadual e, gradativamente, a luz de
Estância volta a brilhar. O deputado Gilson Andrade fez um trabalho de
excelência como parlamentar o que lhe garantiu a reeleição, dois mandatos. Em
2016 GA concorre à eleição para prefeito, é eleito. Com a sua expertise
política detém apoio de deputados federais como Laércio Oliveira, André Moura,
Valdevan Noventa, senadora Maria do Carmo, senador Eduardo Amorim, entre outros.
Nas eleições de 2018 Estâncias não conseguiu eleger nenhum dos candidatos ora
apresentados - Carlos Magno (PSB) e Adriana Leite (PRB), os mais expressivos em
votos. Novamente o município perde a oportunidade de ter uma cadeira na Alese.
A perda foi suprimida por conta do bom relacionamento do atual prefeito com a
bancada federal e apoio do Governo do Estado, somada à boa gestão
municipal.
Na reeleição do governador do Estado (Belivaldo Chagas) uma frente de apoio
político, em Estância, formou-se para lhe dar base: Zé Nelson (ex-prefeito),
Filadelfo Alexandre (ex-vice-prefeito, ex-presidente da Câmara); no segundo
turno somou-se a essa frente o prefeito Gilson Andrade, que mais na frente
trocou o agrupamento dos Amorins pelo agrupamento do governador, assumindo em
Estância o PSD; nessa levada também se somou ao agrupamento de apoio o
presidente da Câmara André Graça.
Na reeleição do atual prefeito (GA) o MDB, de Filadelfo Alexandre, somou-se ao
projeto, inclusive, elegeu um vereador (Cristóvão Freire). FA goza de boa
sintonia com o vice-prefeito, seu amigo e compadre, André Graça; ambos têm voz
e vez junto ao líder Gilson Andrade que obteve ajuda substancial dos referidos
na sua reeleição.
FA é um nome jovem que tem contribuído com o município junto ao Governo do
Estado, portador de dois mandatos de vereador, ex-presidente da Câmara
Municipal, concorreu à eleição de prefeito em 2008 obtendo expressiva votação,
avaliado em segundo colocado, foi vice-prefeito na gestão do ex-prefeito Carlos
Magno e, atualmente, trabalha com o fito nas eleições de 2022, é pré-candidato
a deputado estadual. Quando vereador e Presidente da Câmara foi responsável
pela implantação da sede própria da Câmara Municipal.
“Nosso nome é conhecido. Nós temos trabalhado para ajudar o município a se
desenvolver, seja no viés político, seja no viés de investimentos no setor
imobiliário e comercial; trazemos experiência tanto no legislativo bem como no
executivo, porque assumi a prefeitura quando vice de Doutor Carlos. Entendemos
que Estância precisa ter voz na Assembleia. Nosso nome está à apreciação dos
estancianos, se tudo der certo, se o povo abraçar, com a benção de Deus, nós
estaremos prontos para mais esse desafio”, revela FA.
Por enquanto FA age como o velho
marinheiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar. Está construindo as
possibilidades de ter o seu nome abraçado pelo agrupamento que ora integra, sem
deixar de ouvir o seu aliado André Graça, vice-prefeito, como o prefeito GA.
O prefeito GA reescreve a história política no município, derruba do páreo
lideranças antes até expressivas, agora enterradas no sarcófago do
esquecimento. Logo, já há fumaças de que o prefeito GA poderá disputar uma
cadeira na Câmara Federal ou no Senado. Questionado acerca dessa possibilidade,
responde: “O projeto neste momento é fazer a segunda gestão, inclusive,
melhor que esta que está terminando. Outros projetos é Deus quem define”.
O prefeito Gilson Andrade está muito bem na fita. É uma das lideranças icônicas
no estado, o seu nome está cacifado para concorrer a cargos legislativo e
executivo. Não se vê nomes na cidade à altura que possam lhe fazer sombras.
Logo, Gilson Andrade, André Graça e FA compõem um agrupamento de decisões
influentes e futuras.
Estância precisa retomar esses espaços de poder antes já conquistados. Isso
oportuniza a viabilidade de geração de empregos, atração de
indústrias, disponibilidade de emendas parlamentares, logo, ocupando espaço de
poder, Estância é chamada para participar das decisões de governos.
Será que em 2022 Estância poderá repetir o feito de 1994, agora com Gilson
Andrade e FA?
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