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Professores estimulam violência nas ruas de Estância


(foto: IgorSat)
Quem deveria dar exemplo de cidadania, de educação e civismo vai às ruas da cidade disseminar atos de violência, com alegação de que está praticando um ato de greve garantido pela constituição.  

Não precisa ser formado em Harvard, nem na USP, para saber que o país atravessa uma onda de violência que está diariamente estampada nos folhetins, nas TVs, nos sites, em todos os meios de comunicação e que muito incomoda a sociedade. Violência gera violência, traz à luz da sociedade a lei da causa e efeito.


Os professores estaduais, liderados pelo Síntese, participaram neste sábado, 16, do chamado “Fogueirão do Parcelamento”, ato público realizado na Praça Barão do Rio Branco, no arraial utilizado nos festejos juninos, onde queimaram os bonecos que representavam os 17 deputados estaduais da base aliada do Governo do Estado.



Ato semelhante foi realizado em outras cidades do interior, mas duvido que acontecera igual ao praticado em Estância, com incitação à violência, à agressão, à pancadaria e discursos inflamados direcionados aos políticos contrários e locais e ao governador Marcelo Déda.



O que mais incomodou as pessoas que presenciavam foi o fato de os professores e membros do Síntese pegarem os bonecos de forma raivosa, com tapas no rosto, batiam de pau na cabeça, pisoteavam e em seguida os atiravam na fogueira, numa cena de incitação a tortura; durante a sessão de agressões dos bonecos, professores expressavam gestos agressivos, gesticulação incisiva e etc. 

A Sra. Maria das Graças, doméstica, 57, que esperava o ônibus, reclamava da cena presenciada. O Sr. Agenor do Taxi ressaltou: “Isso é uma falta de respeito às autoridades. Nunca vi tanta falta de respeito na minha vida”. As labaredas alcançaram mais de 2 metros de altura enquanto incineravam os bonecos-deputados, após serem alvos de tapas, pontapés, pauladas, pisoteados e até rasgados.

(foto: IgorSat)


As pessoas que passavam no momento se sentiam incomodadas com a sessão de agressão submetida aos bonecos, as pessoas que os agrediam manifestavam as mais diversas expressões de ira. Os transeuntes pediam até a intervenção das autoridades por entender que o ato era um mau exemplo para as crianças e adolescentes que assistiam. A Sra. Lúcia Assunção, 49, revendedora, questionou: “São esses os professores que estão em sala de aula educando os nossos filhos”?



Não estamos discutindo o direito de greve. A categoria luta por um direito que acredita está sacramentado em lei. Mas, a forma com a qual vão às ruas fazer esse tipo de manifestação, é uma forma equivocada, antisocial, desrespeitosa e de propagação à violência. O Brasil não precisa de exemplos desse tipo!




Genílson Máximo

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