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Estância se destaca nas artes plásticas



Quem é de Estância carrega o orgulho de  pertencer a uma cidade que é celeiro de grandes nomes das artes plásticas e tantas outras. Nas artes plásticas nomes como Judite Melo, escultora de  renome internacional, residente no Bairro Cidade Nova, no degrau dos seus quase 80 anos, especialista na modelagem da argila, de onde tira formas de santos e anjos. Seu trabalho corre o mundo, muito procurado.

"Os Gêmeos"
 Os  irmãos Cosme e Damião oriundos de uma famìlia humilde, trabalhadora, os “Gêmeos”, como os são tratados, revelaram-se grande nomes nas artes.  Seus trabalhos são reconhecidos  internacionalmente; eles retratam o convívio local, as lavadeiras do Rio Piauitinga, pescadores, operários, as festas populares, religiosas, enfim. Os dois artistas engrandecem o nome da cidade por onde quer que andem suas artes. Um dos seus belos trabalhos está exposto na agência do Banese de Estância. Quem adentra  ao banco é recepcionado por um belo grande em proporcões gigantes. 

Quando não estão criando, comumente  são vistos a buscar inspiração  ruas da cidade; quiçá, os operários, a arquitetura colonial dos sobrados, o povo estanciano, lhes sirvam de  inspiração para mais uma criação. Gêmeos Artes. Rua Capitão Francelino, Nº 96 - Centro Estância - Sergipe CEP: 49200-000. (079) 3522-1602. 

O capital de volares artisticos de Estância é infinito. Nomes como o de José de Dome e Leonardo Fontes de Alencar, enriquecem a cultura estanciana e não devem ser deixados de lado.

José de Dome, estanciano, nascido em 29 de novembro de 1921, falecido em Cabo Frio, RJ, em RJ em 15 de abril de 1982.  Desde criança apresentava certa habilidade para o desenvolvimento de atividades artísticas. Iniciou-se na arte através do teatro, quando ainda morava em Estância-SE, aos dezoito anos de idade. Aos dezenove partiu para Salvador onde permaneceu por vinte e cinco anos. Na Bahia, pôde se relacionar com grandes representantes do movimento modernista daquele Estado, como Jenner Augusto, Mário Cravo, Carybé e Mirabeau. Realizou sua primeira exposição individual em 1955, no Belvedere da Sé, em Salvador-BA. Dez anos depois se mudou para Cabo Frio-RJ. Tem no seu currículo cerca de cem exposições individuais e coletivas em cidades como Salvador, Rio de Janeiro, Aracaju, Brasília, Recife, São Paulo, além de cidades no exterior, como Madrid-Espanha, Lima- Peru, Londres – Reino Unido, Los Angeles – Estados Unidos e, na França.  Ainda teve o seu nome dado à vila onde morava em Cabo Frio-RJ. José de Dome realizou uma série de retratos, paisagens, santos, corujas, todos caracterizados por estilizações da forma e uso intenso do contraste de cores. Suas principais obras são as corujas e caveiras. Obra que representa sua produção: Retrato, 1970; óleo sobre tela; 60x40cm.

Leonardo Fontes de Alencar
Nasceu em Estância-SE, em 07 de abril de 1940. Quando criança, seu contato com o universo artístico ocorreu através das leituras que fazia de revistas de quadrinhos. Quando adulto, passou a se dedicar ao estudo da pintura, entrando em contato com obras de artistas sergipanos como J. Inácio e dos irmãos Álvaro e Florival Santos. Foi de grande importância para o desenvolvimento de sua carreira o estímulo do pintor e também professor da Escola Nacional de Belas Artes – ENBA, Jordão de Oliveira. Em 1960 expôs na Belvedere da Sé, em Salvador e, em 1961 na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Nesse período, recebeu uma bolsa de estudos para ingressar como aluno livre no curso de gravura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia – UFBA, entrando como aluno regular nesta universidade em 1963. No ano seguinte foi contratado como professor, tendo participado da implantação da cadeira de Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Bahia. Na década de 1970, Leonardo recebeu uma bolsa para atuar na Europa como artista residente. Em 1974 retornou ao Brasil, passando a residir em Salvador até a década de 1980, quando voltou para Aracaju. Nos anos 90 participou de exposições no Museu de Arte de Brasília, em Rhode-Island - Estados Unidos, e na Assembléia Legislativa em Aracaju. Atualmente continua expondo, produzindo e ministrando cursos sobre história da arte. Em 2006, lançou o livro Metáfora dos Arlequins, as cores na arte de Leonardo Alencar, escrito por José Anderson do Nascimento. A produção de Leonardo está caracterizada pela utilização de pinceladas curtas e mistura de cores, buscando efeitos ópticos. Prevalecendo temas carnavalescos, voltados às figuras dos arlequins e colombinas. Além disso realizou uma série de obras predominantemente sobre peixes. Obra que representa sua produção: Arlequim equilibrista, s.d.; acrílica sobre tela; 120x80cm; Aracaju.


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