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Reginaldo Lima na trilha do 'Forró Sadio'

Por: Genílson Máximo

Quem é do Nordeste tem o privilégio de morar em uma das mais belas regiões do país; pode curtir uma das culturas mais populares da região - o forró. Uma harmonia feita com  zabumba, triângulo e sanfona é responsável pelos mais variados ritmos existentes - baião, xote, xaxado, arrastapé, marcha e forró.

A  modernidade tem ocupado todos  os espaços do forró. Forrozeiros tradicionais teimam na contramão do tempo na esperança de dar fôlego  à referida cultura. Mas, o mercado fonográfico engorda seus lucros alimentando o chamado forró dance, enquanto o forró pé-de-serra  é relegado ao esquecimento.  

Se depender do estanciano Reginaldo Lima, o forró tem  espaço garantido na  grade de programação da Rádio Marazul FM (comunitária). Reginaldo, diariamente,  acorda os estancianos com o seu programa 'Forró Sadio', levado ao ar das seis às oito horas da manhã.

O radialista abre a porteira do seu arquivo musical  e de lá  saem o forró de Gonzaga, de Jackson do Pandeiro, de Messias Hollanda, de Gerson Filho, de Mestre Zinho, de Trio Nordestino, dos Três do Nordeste, de Flávio José, de Gláucio Costa, de Adelmário Coelho, de Genival Lacerda, de Targino Gondim, de Santana, de Abdias, de Petrúcio Amorim, de Noca do Acordeon, de Marinês, de Anastácia, de Dominguinhos e de tantos outros.

Além de presentear os amantes do forró com a fina flor do forró pé-de-serra, Reginaldo destrincha sua lista de ouvintes, manda abraços, manda alôs, dar bom dia, faz resenhas, conta causos, interage com seus ouvintes e ainda manda o beijo do jumento 'Cai de Banda'. São duas horas de  músicas, de humor, de muita descontração.

Aqui faço esse reconhecimento a um entusiasta da cultura nordestina, a um defensor do forró autêntico, a um jovem artista do rádio sergipano.


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