Por Magno de Jesus em 05/03/2011 | ||
Em homenagem ao aniversário de Estância, que se comemora no dia 4 de maio, a editoria da A Tribuna, reedita uma matéria que foi publicada no jornal A TARDE (Ba), no dia 21/6/1999 e assinada pela odontóloga estanciana Raimunda Ribeiro Mesquita (já falecida), que era conhecida popularmente na região como dona Nenê do Priapu. Os belos casarios de Estância chegam a quase 30, e dessas construções a mais antiga é a Catedral de Nossa Senhora de Guadalupe. Data do século XVII. Pedro Homem da Costa, sobrevivente de um naufrágio nas costas do Atlântico, aqui aportou e, como piedoso reconhecimento, construiu uma pequena ermida, colocando a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México, o que comprova a sua origem mexicana. Situada a igreja em local privilegiado – pela altitude foi o bastante para que nele surgissem as principais residências, formando uma praça que, mais tarde, recebeu o nome de Barão do Rio Branco. Nesta praça, vê-se, ainda, algumas antigas arquiteturas, como o solar da família Dortas construído pelo patriarca Vitor Dortas Modesto, o sobrado colonial que foi residência da família Pacheco D’ Ávila, funcionando no andar térreo, por longos anos, o colégio de D. Josefina Pacheco, professora de várias gerações, o sobrado de azulejo português, onde residiu por toda sua vida o monsenhor Victorino Corrêa Fontes, virtuoso sacerdote, de saudosa memória, e a ampla residência do major Sizenando Vieira Leite e sua numerosa família. Na Praça Barão do Rio Branco, do lado oposto à catedral, havia um majestoso sobrado todo revestido de azulejo português de cor verde-amarela, pertencente à tradicional família “Nabuco”, a quem coube a honra de hospedar o imperador D. Pedro II, quando, em 1860, visitou Estância e a cognominou “Jardim de Sergipe”. Após longos anos, o prédio foi vendido ao cidadão Raimundo Nóbrega de Mendonça que o demoliu para construir sua residência. Atualmente, a Nivalda Carvalho Costa (D. Pepita, como é conhecida). Prosseguindo, em direção à Rua Dr. Pedro Soares, vê-se um amplo sobrado de alvenaria que, no passado, pertenceu ao Sr. Benjamim Francisco Brandão e família. Ele, exímio fotógrafo e a esposa, conceituada professora de várias gerações. Do casal houve um filho, o médico Josaphal Brandão, um dos primeiros a se dedicar ao Hospital Amparo de Maria. À Rua Dr. Pedro Soares, existe um prédio que se prolonga até a Rua Capitão Salomão. Era a mansão do casal Jasson Vieira Leite/Josefina Freyre (D. Fininha), como era conhecida). A confortável vivenda ostentava um bem cuidado jardim de inverno decorado com sofás de alvenaria recobertos de azulejos português como ainda se confere algumas partes da fachada externa. Vendida à firma George Jasmin e Cia, conserva a mesma estrutura. Descendo a Rua Capitão Salomão, a direita, há um sobrado de azulejo português que pertenceu à senhora Maria Constança da Rocha Heitor e seus descendentes. Era onde ela mantinha os seus escravos. Vendida a Pedro Pires vem se conservando na família e atualmente pertence à sua neta, a professora Raimunda Lucíola D’ Ávila. O sobrado de azulejo português que pertenceu ao industrial e comerciante de tecidos Manoel Joaquim Nascimento, um dos primeiros empresários da fábrica Senhor do Bonfim. Hoje, o sobrado pertence ao casal comerciante Elza-Elias Amorim. O sobrado de alvenaria onde sempre residiu a família Moura Mascarenhas. Conserva-se fechado. O sobrado de azulejo português que pertenceu ao coronel Francisco José Martins, onde tinha sua grande casa comercial. Bela arquitetura no passado e hoje subdividida e desprovida de alguns detalhes. Tornou-se mais simples. Atualmente é onde funciona o INPS. O sobrado de azulejo português, inaugurado como o “Club do Sol Nascente”. Adquirido pelo cidadão Elisiário Macêdo da Silveira foi transformado em residência e casa comercial. Atualmente, no andar superior acha-se instalada a Câmara de Vereadores” e o térreo é ocupado pela repartição do Serviço Militar. Amplo sobrado de alvenaria, construído em 1826 pelo capitão Boaventura de Faria Amado, onde residiu com sua família longos anos, atualmente é propriedade da Cia Sul Sergipana de Eletricidade, onde funciona o escritório da empresa. Ainda à Rua Capitão Salomão, a descida à esquerda. Logo no início, existe um grande sobrado de azulejo português que demonstra haver pertencido a pessoa de recursos e numerosa família dado a amplidão e o número de compartimentos. Ao lado existia um belo jardim e um porão de ferro que dava acesso ao primeiro andar. Passou a vários proprietários e hoje é patrimônio da Diocese. Sobrado de alvenaria que pertenceu à família Mandarino e atualmente pertence ao Sr. Nélson de Campos ramalho, proprietário da farmácia “Ilka”. Solar que pertenceu a família ‘Calasans” onde hospedaram o poeta Pedro de Calasans e o voluntário Joaquim de Calasans que perdeu a vida na Guerra do Paraguai. Antiga residência d azulejo português que pertenceu a família Baldoíno Moreira Mendonça. Hoje é de propriedade de Lauro Leite, onde mantém o restaurante “Laurus”. Prédio comercial, esquina com a Praça 24 de Outubro construído em 1855. Conserva a mesma estrutura: portas de madeira bem espessa, soleiras de pedras. Ele pertenceu a João Vicente de Souza, passando aos seus sucessores, José Antônio de Mendonça, Raimundo Nóbrega de Mendonça e Salvador Nóbrega de Mendonça. A Tribuna Cultural - Jornalista magno de Jesus |
A cidade de Estância está profundamente abalada com a precoce e trágica perda da professora Riviany Costa Magalhães, vítima de um acidente na BR-101. Mestre em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Advogada e ex-secretária Adjunta da Educação, Riviany deixou um legado significativo para a educação do município. Sua partida inesperada representa uma perda imensa, não apenas pela vasta contribuição profissional, mas também pela presença acolhedora que exercia nas escolas municipais, onde, com dedicação, transformava a vida de alunos, colegas e toda a comunidade. Riviany não era apenas uma educadora, era um símbolo de afeto, compromisso e competência. Sua trajetória, interrompida de forma abrupta, deixou todos profundamente consternados, pois ainda havia muito a ser oferecido. A ausência de Riviany é sentida de forma irreparável, mas seu exemplo continuará vivo, servindo de inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O prefeito Gilson Andrade e o vice-prefeito André G
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