Terapia que modifica reações do cérebro ao ruído e é capaz de eliminar a sua percepção será tema do próximo encontro do GIPZ.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que 278 milhões de pessoas em todo o mundo
tenham zumbido. No Brasil, o problema afeta 17% da
população, o equivalente a 30 milhões
de pessoas. A perda de audição é a
causa mais frequente do sintoma. De acordo com a
otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de
Cássia Cassou Guimarães, a
exposição intensa a ruídos e o
envelhecimento são os principais fatores que reduzem
a capacidade de ouvir. “Os ouvidos são
sensíveis e sofrem um desgaste natural. Porém,
a poluição sonora acelera este
processo”, explica.
O zumbido, em inglês ‘tinnitus’, também pode ser provocado, entre as mais de 200 causas, por outros problemas auditivos, questões metabólicas, odontológicas, musculares e emocionais, distúrbios craniofaciais e outras irregularidades que afetam a saúde geral do corpo. “O tratamento depende das causas, já que o sintoma pode ser desencadeado por um ou múltiplos fatores. Uma nova estratégia que está sendo utilizada com sucesso é a Terapia Sonora Neuromonics, uma forma de estimulação sonora, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, ressalta.
A Terapia Sonora Neuromonics foi desenvolvida pelo pesquisador Paul Davis, da Universidade Western Australia, na Austrália. Ela segue os princípios da Terapia de Retreinamento do Zumbido, em inglês Tinnitus Retraining Therapy (TRT). “Na TRT os pacientes são orientados a usar geradores de som nos ouvidos que emitem o ruído branco, barulho semelhante a um chiado. Já na terapia com Neuromonics, a indicação é o uso de fones de ouvido com música. Os sons são determinados conforme o perfil auditivo dos dois ouvidos, permitindo a estimulação de todas as áreas da cóclea”, esclarece.
O aparelho deve ser usado de duas a quatro horas e possui um cartão personalizado, no qual estão as músicas que devem ser ouvidas. “O tratamento dura cerca de oito meses e os benefícios iniciais são sensação de relaxamento, melhora do sono, redução do desconforto e incômodo do zumbido, maior controle sobre o ruído e redução da hipersensibilidade auditiva”, complementa Rita, que participou de um treinamento nos Estados Unidos para aplicar a terapia e é a única médica no Paraná credenciada junto a Politec Saúde para oferecer a Terapia Sonora Neuromonics como forma de tratamento para o zumbido.
Há um cuidado especial para que o enriquecimento sonoro não mascare o zumbido, ou seja, o volume da música deve ser mais baixo do que o ruído. A otorrinolaringologista evidencia que o excesso de barulho é prejudicial, assim como o silêncio é um grande inimigo de quem sofre com o sintoma - a ausência de sons aumenta a percepção do zumbido. “O equilíbrio é fundamental. A eficácia da terapia com Neuromonics é garantida pela capacidade que o cérebro tem de adquirir novos comportamentos ou reaprender funções, chamado de neuroplasticidade”, observa.
Ao receber constantes estímulos, o cérebro aprende a não respondê-los, este comportamento fica armazenado na memória e as reações desaparecem. Este mecanismo é o segredo do enriquecimento sonoro. “A música contribui para que o organismo se habitue ao zumbido e não responda mais a este estímulo. Esta é uma abordagem definitiva, uma vez aplicada, o paciente consegue minimizar e até eliminar a percepção do zumbido. É importante lembrar que há uma rigorosa investigação de cada caso para saber se é possível indicar este tipo de tratamento”, avisa.
GIPZ de novembro traz mais informações sobre a Terapia Sonora Neuromonics
No dia 09 de novembro, os profissionais voluntários do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) irão se reunir no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, das 14 às 16 horas, para falar sobre esta estratégia de tratamento para o zumbido e esclarecer dúvidas dos pacientes. “A palestra é gratuita e todos estão convidados. O conhecimento é a melhor arma contra a ansiedade, mitos e expectativas que cercam as pessoas com zumbido. Por isso promovemos encontros que esclarecem todas as questões relacionadas ao sintoma”, acrescenta Rita, coordenadora do GIPZ e palestrante desta reunião.
Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba)
O Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) é formado pela otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, pelo ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, pela fisioterapeuta especialista em dor crônica Vivian Domit Pasqualin, pela fonoaudióloga especialista em audiologia Izabella de Macedo e pela psicóloga especialista em Terapia Cognitivo Comportamental Daniela Matheus. Os encontros são gratuitos, realizados de março a dezembro no Hospital de Clínicas da UFPR, sempre na primeira sexta-feira do mês.
Próximo encontro: 09 de novembro de 2012
Tema: “Terapia de Habituação do Zumbido (TRT)”
Palestrante: otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães (otorrinolaringologista e otoneurologista)
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações: (41) 3225-1665
Entrada livre
O zumbido, em inglês ‘tinnitus’, também pode ser provocado, entre as mais de 200 causas, por outros problemas auditivos, questões metabólicas, odontológicas, musculares e emocionais, distúrbios craniofaciais e outras irregularidades que afetam a saúde geral do corpo. “O tratamento depende das causas, já que o sintoma pode ser desencadeado por um ou múltiplos fatores. Uma nova estratégia que está sendo utilizada com sucesso é a Terapia Sonora Neuromonics, uma forma de estimulação sonora, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, ressalta.
A Terapia Sonora Neuromonics foi desenvolvida pelo pesquisador Paul Davis, da Universidade Western Australia, na Austrália. Ela segue os princípios da Terapia de Retreinamento do Zumbido, em inglês Tinnitus Retraining Therapy (TRT). “Na TRT os pacientes são orientados a usar geradores de som nos ouvidos que emitem o ruído branco, barulho semelhante a um chiado. Já na terapia com Neuromonics, a indicação é o uso de fones de ouvido com música. Os sons são determinados conforme o perfil auditivo dos dois ouvidos, permitindo a estimulação de todas as áreas da cóclea”, esclarece.
O aparelho deve ser usado de duas a quatro horas e possui um cartão personalizado, no qual estão as músicas que devem ser ouvidas. “O tratamento dura cerca de oito meses e os benefícios iniciais são sensação de relaxamento, melhora do sono, redução do desconforto e incômodo do zumbido, maior controle sobre o ruído e redução da hipersensibilidade auditiva”, complementa Rita, que participou de um treinamento nos Estados Unidos para aplicar a terapia e é a única médica no Paraná credenciada junto a Politec Saúde para oferecer a Terapia Sonora Neuromonics como forma de tratamento para o zumbido.
Há um cuidado especial para que o enriquecimento sonoro não mascare o zumbido, ou seja, o volume da música deve ser mais baixo do que o ruído. A otorrinolaringologista evidencia que o excesso de barulho é prejudicial, assim como o silêncio é um grande inimigo de quem sofre com o sintoma - a ausência de sons aumenta a percepção do zumbido. “O equilíbrio é fundamental. A eficácia da terapia com Neuromonics é garantida pela capacidade que o cérebro tem de adquirir novos comportamentos ou reaprender funções, chamado de neuroplasticidade”, observa.
Ao receber constantes estímulos, o cérebro aprende a não respondê-los, este comportamento fica armazenado na memória e as reações desaparecem. Este mecanismo é o segredo do enriquecimento sonoro. “A música contribui para que o organismo se habitue ao zumbido e não responda mais a este estímulo. Esta é uma abordagem definitiva, uma vez aplicada, o paciente consegue minimizar e até eliminar a percepção do zumbido. É importante lembrar que há uma rigorosa investigação de cada caso para saber se é possível indicar este tipo de tratamento”, avisa.
GIPZ de novembro traz mais informações sobre a Terapia Sonora Neuromonics
No dia 09 de novembro, os profissionais voluntários do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) irão se reunir no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, das 14 às 16 horas, para falar sobre esta estratégia de tratamento para o zumbido e esclarecer dúvidas dos pacientes. “A palestra é gratuita e todos estão convidados. O conhecimento é a melhor arma contra a ansiedade, mitos e expectativas que cercam as pessoas com zumbido. Por isso promovemos encontros que esclarecem todas as questões relacionadas ao sintoma”, acrescenta Rita, coordenadora do GIPZ e palestrante desta reunião.
Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba)
O Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) é formado pela otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, pelo ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, pela fisioterapeuta especialista em dor crônica Vivian Domit Pasqualin, pela fonoaudióloga especialista em audiologia Izabella de Macedo e pela psicóloga especialista em Terapia Cognitivo Comportamental Daniela Matheus. Os encontros são gratuitos, realizados de março a dezembro no Hospital de Clínicas da UFPR, sempre na primeira sexta-feira do mês.
Próximo encontro: 09 de novembro de 2012
Tema: “Terapia de Habituação do Zumbido (TRT)”
Palestrante: otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães (otorrinolaringologista e otoneurologista)
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações: (41) 3225-1665
Entrada livre
Comentários