Domingos Pascoal |
“Se queres ser universal, canta a tua aldeia”
Léon Tolstoi
Por que criar Academias municipais em Sergipe? Esta foi uma das
perguntas que mais escutei quando, há três anos, comecei falar da necessidade
de criação de Academias Literárias nos municípios ou em regiões do estado de
Sergipe.
Confesso que, a princípio, o argumento que usava limitava-se a justificar, fazendo outras perguntas: Por que não? Por que estados vizinhos têm e aqui não? Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Alagoas têm e Sergipe não pode ter? Basta que atravessemos o Velho Chico para, já em Penedo/Alagoas, constatar que, desde 1963, existe, funcionando ininterruptamente, a Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciência (APLACC); andando um pouco mais, encontraremos a Academia Arapiraquense de Letras e Artes (ACALA), datada de 1987; a Academia Palmeirense de Letras, Artes, Cultura e Ciência (ALPACA), de Palmeira dos Índios; a Academia Miguelense de Letras (AMILA) e, Academia Maceioense de Letras.
Será que eles estão errados em expandir as possibilidades de discussão, produção e divulgação do conhecimento, da cultura e da literatura, e nós, em Sergipe, por, de certa forma, inibir esse desenvolvimento, estamos corretos? Será que, agindo assim não estamos pensando pequeno? Creio que sim e, essa ideia de pensar pequeno, atrofia o desenvolvimento, não traz nenhum benefício, atrapalha o crescimento cultural e intelectual de um país, de um estado ou de uma comuna. Como disse o poeta: “se queres ser universal, canta a tua aldeia”.
O raciocínio que devemos fazer é exatamente diferente e ao contrário: “pensar grande, começar pequeno e não parar de crescer sempre”.Para desqualificar essa maneira, a meu ver, equivocada, poderíamos iniciar, por exemplo, indagando: qual era população de Sergipe em 1929, quando foi criada a Academia Sergipana de Letras? Quantas escolas existiam no Estado de Sergipe? Qual era o universo acadêmico, cultural e literário da época? Como responderíamos a estas indagações? Será que não está havendo um descompasso, ou seja, tudo cresceu e, apenas o número de pessoas capazes e merecedoras de pertencer a um grupo tão seleto, com o de uma Academia Literária, permanece o mesmo? Apenas quarenta pessoas, num universo de mais de dois milhões de habitantes de um estado, são aptas e merecedoras de tamanha honra? Creio que não, agir e assim é pensar pequeno.
PENSE NISSO, PENSE GRANDE.
Confesso que, a princípio, o argumento que usava limitava-se a justificar, fazendo outras perguntas: Por que não? Por que estados vizinhos têm e aqui não? Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Alagoas têm e Sergipe não pode ter? Basta que atravessemos o Velho Chico para, já em Penedo/Alagoas, constatar que, desde 1963, existe, funcionando ininterruptamente, a Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciência (APLACC); andando um pouco mais, encontraremos a Academia Arapiraquense de Letras e Artes (ACALA), datada de 1987; a Academia Palmeirense de Letras, Artes, Cultura e Ciência (ALPACA), de Palmeira dos Índios; a Academia Miguelense de Letras (AMILA) e, Academia Maceioense de Letras.
Será que eles estão errados em expandir as possibilidades de discussão, produção e divulgação do conhecimento, da cultura e da literatura, e nós, em Sergipe, por, de certa forma, inibir esse desenvolvimento, estamos corretos? Será que, agindo assim não estamos pensando pequeno? Creio que sim e, essa ideia de pensar pequeno, atrofia o desenvolvimento, não traz nenhum benefício, atrapalha o crescimento cultural e intelectual de um país, de um estado ou de uma comuna. Como disse o poeta: “se queres ser universal, canta a tua aldeia”.
O raciocínio que devemos fazer é exatamente diferente e ao contrário: “pensar grande, começar pequeno e não parar de crescer sempre”.Para desqualificar essa maneira, a meu ver, equivocada, poderíamos iniciar, por exemplo, indagando: qual era população de Sergipe em 1929, quando foi criada a Academia Sergipana de Letras? Quantas escolas existiam no Estado de Sergipe? Qual era o universo acadêmico, cultural e literário da época? Como responderíamos a estas indagações? Será que não está havendo um descompasso, ou seja, tudo cresceu e, apenas o número de pessoas capazes e merecedoras de pertencer a um grupo tão seleto, com o de uma Academia Literária, permanece o mesmo? Apenas quarenta pessoas, num universo de mais de dois milhões de habitantes de um estado, são aptas e merecedoras de tamanha honra? Creio que não, agir e assim é pensar pequeno.
PENSE NISSO, PENSE GRANDE.
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