A Defensoria Pública do Estado,
por intermédio do Núcleo Especializado de Defesa e Proteção dos Direitos da
Mulher (Nudem), encerrou as atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher
com palestra, exibição de filme e um dia de beleza para mais de 20 mulheres
vítimas de violência doméstica, assistidas pela instituição.
A palestra cujo tema “Violência
Doméstica: Conhecer para Prevenir” foi ministrada pela coordenadora do Núcleo
da Mulher, defensora pública Aparecida Filgueira de Sá; pelas psicólogas do Centro
Integrado de Atendimento Psicossocial da Defensoria (CIAPS), Jamile Santana
Teles Lima e Érica Henriques, além do delegado de polícia e coordenador do
Grupo de Trabalho de Segurança Pública – LGBT, Mário Leony.
O filme ”De pernas pro
ar” retratou a história de Alice que tenta se equilibrar entre a
rotina de trabalho e a família. “A perda do emprego e do marido no mesmo dia
provoca na personagem reflexões em como conciliar e ser uma profissional
de sucesso, sem deixar os prazeres da vida de lado”, narrou Jamile Teles.
Mário Leony falou sobre violência
doméstica por casais homoafetivos, destacando pontos da Lei Maria da Penha e a
necessidade de fazer jurisprudência para os transexuais. “O tema foi importante
para tratar sobre o que é ser mulher, entender a orientação sexual e identidade
de gênero. A palestra tratou das reflexões, dos avanços e desafios que se
impõem a Lei Maria da Penha, e a mesa de debate foi muito rica com a
participação de mulheres vítima de violência doméstica”, destacou.
Foto: Iran Souza |
A psicóloga, que também é mestre
em Saúde e Ambiente, falou sobre as perspectivas da violência psicológica. “A
violência psicológica consiste na agressão emocional, que acontece inicialmente
de forma sutil e por essa razão muitas mulheres demoram em identificar e
consequentemente realizar um Registro Policial de Ocorrência. Geralmente ocorre
em forma de ameaça, rejeição e discriminação, onde o agressor demonstra
prazer ao perceber que a vítima está amedrontada, inferiorizada e
diminuída. Esse tipo de violência é grave e traz dano à personalidade e á
dignidade da mulher, além de provocar perda de autoestima, estresse
pós-traumático, ansiedade, depressão e outros sintomas”, apontou Jamile.
Segundo Maria Carmem Alves, os
avanços com a Lei Maria da Penha foram pequenos. “Nem todo mundo tem
consciência da Lei, por isso o trabalho desenvolvido em prol das mulheres
vítimas de violência doméstica é muito importante. Gostei muito da atuação do
Núcleo e a palestra foi excelente, pois mostra os direitos que muitas mulheres
ainda desconhecem”, ressaltou.
Foto: Iran Souza |
Participaram da programação as
defensoras públicas Elvira Lorenza, Rosa Letícia, Ana Amélia Faro e
Aparecida Filgueira; a Assistente Social, Manuela Messias; as Psicólogas,
Jamile Teles e Érica Henriques; a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos
da Mulher da OAB/SE, Adélia Pessoa, além da representante do Departamento de
Serviço Social da UFS, Catarina do Nascimento e de psicologia, Zenith
Delabrida, entre outros convidados.
Fonte: Assessoria da Defensoria Pública
Débora Mattos
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