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FATEIRAS REPERCUTEM 'GRITO' NO DIA DIA NOTICIAS




 
Foto Ilustração
Caldeiras quebradas, falta de água, ausência de EPIs e material de limpeza
 levam fateiras a fazerem greve

A relação de trabalho  entre a Gestão Municipal e os trabalhadores que atuam no  matadouro municipal  não  tem sido das melhores. Desde janeiro, assim que o prefeito Carlos Magno assumiu,  acendeu um descontentamento entre as partes quando a gestão municipal optou   em implantar algumas mudanças de cunho administrativo, não   sendo essas  aceitas pela categoria.

Ao longo dos últimos seis meses a gerência do matadouro ficou por conta da Secretaria de   Municipal de  Agricultura e as mudanças adotadas  chegaram  até a incomodar  a Câmara de Vereadores que se posicionou em favor daqueles  trabalhares. Os ânimos  por lá não são dos melhores.

As mudanças  implantadas não agradaram muito aos marchantes e as fateiras; nesse final de semana o bicho pegou: as mulheres responsáveis pela limpeza das vísceras se reuniram para dar um chega às condições de trabalho que  são submetidas. Segundo a Sra. Guadalupe (fateira),  o matadouro está com duas caldeiras quebradas há dias. “Nós queremos a caldeira; Nós queremos água; Como é que a gente vai trabalhar sem água se o nosso trabalho  depende da água”, interrogou.

A fateira conhecida popularmente por ‘Chica do Fato’ ressaltou que suas colegas estão abatidas, estão doente em função das condições de trabalho que enfrentam. “Eu preciso do meu trabalho. Vivo de vender meu fato”, externou. 

Segundo Chica,   as fateiras  estão sob o relento a  ferver água em tachos  tilizando lenhas e sob fumaça, na madrugada; isso tem deixado as trabalhadoras estressadas e muito chateadas.  Outra a reclamar foi a Dona Sandra, disse que foi agredida, foi puxada  pelo braço  só porque estava a reivindicar seus diretos.  Dona Sandra  ressaltou ainda que são  abatidas cerca de 1500 cabeças de gados,  são pagas as tachas, e não  existem  recursos para pagar o conserto da caldeira.

Elas apelam ao prefeito que volte a atenção para a situação que vem se arrastando. Querem voltar a cuidar das vísceras, pedem que sejam corrigidas falhas como a falta de produtos de limpeza,  falta de equipamentos de proteção individual (EPI), que sejam consertadas as caldeiras; alegaram que estão trabalhando sem botas e com a  constante falta de água. 

O secretário da Agricultura Laelson admitiu que o matadouro está com problemas de caldeiras, mas já foram adotadas  as devidas medidas e ainda esta semana a situação voltará à normalidade.  Disse que essas pessoas não são funcionárias da prefeitura, não têm vínculos com o Município, são prestadores de serviços aos comerciantes que compram o fato. 

As matérias foram veiculadas no programa ‘Dia Dia Notícias’, na Marazul FM, apresentado pelo radialista Luiz Carlos Dussantus (Dissanti) e produzidas pelo repórter Pisca Júnior.


Genílson Máximo


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