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Vereador de Estância Sérgio Bezerra faz duras críticas ao ‘Jessé Fontes’

Vereador Sérgio Bezerra (PC do B)


Têm sido frequentes as reclamações da comunidade quanto ao mau atendimento e falta de profissionais de saúde no Hospital Dr. Jessé Fontes, pertencente ao governo do Estado,  em Estância. Esses reclames  têm ganhado repercussão no legislativo municipal muito combatido pelos pares da referida casa. Na sessão de ontem, terça-feira, 13,  o vereador Sérgio Bezerra (PC do B) descarregou contra a referida Casa de Saúde. Disse que encaminhou Requerimento ao MP visando tomar providências em relação ao ‘Jessé Fontes’  pela falta de compromisso  que tem a Diretoria; enfatizou que foi aprovado outro Requerimento pedindo as presenças do Diretor da Fundação da Saúde e do Diretor do citado hospital e não deram atenção. “Não deram atenção, não estiveram nessa casa. Ofício não justifica requerimento”, disse Sérgio.

Sérgio (batendo na mesa) disse em voz clamorosa que quer a presença deles na Câmara para esclarecer o porquê de o hospital não ter médicos. Externou que uma criança de cinco anos de idade precisou ser atendida  e teve péssimo atendimento médico recentemente; os pais buscaram  serviço médico particular e hoje a criança está internada na UTI do Hospital USE. 

Sérgio cobra a presença dos diretores dos citados órgãos de saúde sob a ameaça  de pedir a interdição do Ministério Público. O parlamentar Bezerra  comparou a referida casa de saúde a uma     zona. “Este parlamentar  vai ao Ministério Público pedir interdição daquela zona, porque ali é uma zona. Quando não se tem atendimento para o povo, uma entidade que está ali para atender  ao povo,  eu classifico como zona”, expôs.

O vereador Sérgio Bezerra,  primeiro mandato, tem se revelado um parlamentar envolvido com as questões sociais.  Mesmo sendo da bancada  governista, não abre mão de fazer duras criticas ao governo Municipal,  como  também constantes cobranças. Segundo o vereador Bezerra,  a Prefeitura arrecada cerca de R$ 8 milhões por  mês e não se admite que os postos de saúde não façam bom atendimento ao povo; como o abandono total das comunidades rurais com as estradas intransitáveis, ausência de lâmpadas para reposição da iluminação pública, falta de água no Bairro Cidade Nova, etc.

Vociferando o parlamentar lembrou que o governo  municipal não o quer na bancada: “Problema dele! Problema dele! Já disse e repito: se fizer vou elogiar se não fizer vou cobrar com veemência. O meu compromisso é com o povo da Estância. Se pensam que estou esperando propina para mudar meu discurso estão enganados. Eu não preciso de propina de prefeito. Eu preciso é do apoio da sociedade estanciana”, reforçou Sérgio.

O prefeito Carlos Magno tem professado em suas falas que  não o incomoda cobranças feitas por vereador mesmo da bancada, pois entende que  as cobranças fazem parte do processo democrático e coloca o gestor municipal numa situação de alerta, é humanamente impossível o prefeito saber de tudo que acontece nos quadrantes do município. Mesmo com essa mentalidade os entendimentos não andam a mil maravilhas. Os parlamentares reclamam da falta de valorização dos trabalhos da Câmara, da dificuldade de acesso ao secretariado,  alguns secretários se sentem  blindados e que os Requerimentos aprovados  na maioria não são atendidos e os que são se resumem em capinação e retirada de entulhos. 

O legislativo é composto de doze  entes, o governo Municipal tem na sua base dez, sendo o  presidente filho do atual prefeito. É certo que o prefeito Carlos Magno  precisa melhorar seu diálogo com  pares daquela casa sob pena da relação política  ficar cada vez mais apimentada e quem sai perdendo com isso é a sociedade. Há um dito popular que na briga entre a rocha e o mar quem sai machucado é o peixinho.


Genílson Máximo