Pular para o conteúdo principal

Zé Nelson, uma brasa que ainda queima

Ex-prefeitos Luciano Bispo (Itabaina) e Zé Nelson (Estância)

O ex-prefeito José Nelson tem sido visto  em diversos eventos do governo do Estado a prestigiar o amigo Jackson Barreto, governador em exercício.  Uma das suas aparições  aconteceu durante a inauguração das Clínicas da Família no começo de junho passado aqui na cidade; depois, esteve presente ao ato de assinatura da ordem de serviço da Rodovia Santa Luzia/Crasto, no início do mês, e na  sexta-feira, dia 25, prestigiou a entrega de ônibus   aos prefeitos do interior.

José Nelson enfatiza que não pensa em concorrer  a cargos eletivos, afirma que já deu sua contribuição a Estância durante o seu mandato que foi de 1997 a 2000;  lembra que foi responsável pela construção de escolas no município a exemplo da Isabel Nabuco; investiu nas  festas populares como São João,  promoveu  obras  de pavimentação como o asfaltamento  das  principais ruas  da cidade e tantas outras ações.

O ex-prefeito  tem prestigiado o governo por todo estado e isso revela que o  pré-candidato a sucessão estadual, Jackson Barreto,  conta com o  seu apoio  para fortalecer a disputa em 2014. Há poucos dias um dos seus filhos assumiu a  Direção do CIRETRAN aqui da cidade; outro filho, José Magno, ex-vereador, integra a Comissão de Intervenção do Hospital Amparo de Maria (HRAM), onde tem desempenhado bom trabalho.  "A vez agora é dos meninos, eles são jovens, cheios de energia, cheios de planos;  contam com o meu apoio", enfatiza o velho Zé.

Mesmo fora do páreo eleitoral, Nelson  não tem  se isolado do metier político. Conseguiu eleger o seu filho Zé Mango  a vereador  nas eleições de 2004, com 788 votos  pelo PPS; tem sido presente na imprensa por meio da sua emissora (Rádio Abais) com reserva de espaço para os grupos de oposição; nas eleições de  2010,  seu filho mais velho  concorreu a uma cadeira  no parlamento estadual e obteve a soma de 4.257 votos.

José Nelson foi eleito prefeito em outubro de 1996 pelo PSB,  obteve 14.761 votos. À época, disputou com os concorrentes  Adeíldo de Azevedo (237 votos);  doutor José Augusto (PPS) com 2.883 votos e doutor   Jackson Guimarães (PFL), este obteve 5.044 votos.

Administrou  ao lado dos vereadores Acrísio Assunção (PTB), 483 votos; Montalvão (PFL) 488 votos; Avelino (PL) 662 votos; Carlito Cândido (PMN), 283 votos; Filadelfo Alexandre (PSB), 884 votos; José Lins Farias (PPB) 532 votos; Manoel Dantas Soares (PL), 588 votos; Jadiel Lopes (PPB), 570 votos; João Oliveira (PSDB), 328 votos; José Domingos dos Santos ( PT), 541 votos;  Dominguinhos (PT), 634 votos e Gevane Bento (PFL), 1058 votos.

Nas eleições de 2000, Nelson  concorreu  a reeleição e obteve a soma de 6.843 votos, pelo PPS, naquele ano foi eleito  Prefeito o ex-vereador Gevane Bento, 10.772 votos; em 2004, mais uma tentativa de retornar ao Paço Municipal, obteve a soma de 9.384 votos, perdeu para o seu concorrente Ivan Leite do PSDB que obteve 15.603 votos.

Essa película a gente já viu. Um filme que teve como protagonista o atual prefeito Carlos Magno. Após um mandato de deputado estadual, um de deputado federal, após ajudar sua esposa (vice-prefeita) a governar  Estância e ser derrotado em duas tentativas de deputado estadual, ficou na proscrição cerca de uma década, deu a volta por cima,  elegeu-se prefeito no último pleito com expressiva soma de votos.

Para quem acha que o ex-prefeito é uma brasa apagada, engana-se. O velho Zé está aceso e trabalhando nos bastidores com o fito nos pleitos futuros. Tudo leva a crer que  seu filho 'Jovem Zé'  irá colocar mais uma vez o nome à apreciação popular visando uma cadeira na Alese.  "Política se faz pensando longe, pensando grande, com planejamento", afirma  Zé.

Por: Genílson Máximo












Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estância lamenta a perda irreparável de Riviany Magalhães, ícone da Educação Municipal

  A cidade de Estância está profundamente abalada com a precoce e trágica perda da professora Riviany Costa Magalhães, vítima de um acidente na BR-101. Mestre em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Advogada e ex-secretária Adjunta da Educação, Riviany deixou um legado significativo para a educação do município. Sua partida inesperada representa uma perda imensa, não apenas pela vasta contribuição profissional, mas também pela presença acolhedora que exercia nas escolas municipais, onde, com dedicação, transformava a vida de alunos, colegas e toda a comunidade. Riviany não era apenas uma educadora, era um símbolo de afeto, compromisso e competência. Sua trajetória, interrompida de forma abrupta, deixou todos profundamente consternados, pois ainda havia muito a ser oferecido. A ausência de Riviany é sentida de forma irreparável, mas seu exemplo continuará vivo, servindo de inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O prefeito Gilson Andrade e o vice-prefeito André G

Os cabarés de Estância, os homens de bem e o falso moralismo

Sem a menor pretensão de estar escrevendo algo original, singular, adianto que a minha motivação   para juntar esse monte de letras que chamo de texto, são as obras de Gabriel Garcia Marques, “Memórias de Minhas Putas Tristes”, as de Jorge Amado, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, e Gabriela Cravo e Canela, assim como as músicas, “Cabaré” de João Bosco e Aldir Blanc, “Folhetim” de Chico Buarque de Holanda e “Geni e o Zepelim” também de Chico Buarque. Farei   observações sobre as profissionais do sexo, ora como putas, ora como prostitutas, ou qualquer outro sinônimo, seguindo o vocabulário de cada época. Escrever sobre personagens do andar de cima ou do andar de baixo é uma opção ideológica e não literária em minha opinião, por isso escolhi mais uma vez escrever sobre gente discriminada, gente que apesar do trabalho que exercia, tinha mais dignidade do que se imagina. Estou me referindo aos proprietários de cabarés. Quanto mais lemos, quanto mais estudamos as obras de Jorge

Estância e as suas ruas de nomes pitorescos

Capitão Salomão, centro Por: Genílson Máximo Estância, traz de pia, nome   que  converge em  ascensão ao substantivo feminino. Nome que  agrada ouvir sua sonoridade e que não o é cacófato. Por conta da sua simbiose com o município de Santa Luzia - do qual  foi povoação - quiçá, recebeu do mexicano Pedro Homem da Costa o nome de Estância, talvez  por ser  um local de paragem, de descanso quando das viagens de comércio entre outros  os povos da época. Denominada pelo monarca  Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe,  Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância  das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta  por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com  as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular  com os seus  pitorescos  nomes. O programa "Sábado Esperança&