Há cerca de 8 anos o HRAM está sob intervenção judicial |
O Hospital Amparo de Maria
(HRAM) foi destaque da edição de fim de
semana do Jornal da Cidade (JC), quando
seus interventores enfatizaram
a importância da daquela casa de
saúde para os sergipanos e sobre as dificuldades enfrentadas. José Magno, um
dos interventores, destacou que o HRAM
mesmo com recursos pequenos, possui 24 médicos,
enfermaria 24 horas, atendimento de domingo a domingo, maternidade,
pediatria, obstetra, 120 leitos, enfermarias climatizadas, 90% dos atendimentos
são feitos pelo SUS e um quadro de quase
300 funcionários.
No começo do mês o HRAM teve os seus bens indisponibilizados para leilão público. Graças ao empenho dos interventores o hospital foi retirado do certame por conta da
sensibilidade de desembargadores federais em atendimento a ação judicial
impetrada. Um acerto culminou no parcelamento da dívida de um dos processos, cujo valor é de R$ 806
mil, parcelado em 180 meses.
O HRAM está sob intervenção
judicial desde 2004, há mais de oito anos o processo tramita na justiça
e no inicio deste mês foi submetido ao leilão público federal
para quitar dívidas com a União. Para o
interventor José Magno os interesses da União não devem sobrepor às necessidades da população carente que busca no HRAM o
alento para a saúde. Magno
entende que o HRAM é altamente resolutivo e pode continuar
funcionando enquanto suas dívidas são negociadas, inclusive ajudando o Hospital Jessé Fontes que sozinho
não dá conta da demanda.
O HRAM foi fundado em 1867 e em 2003
perdeu a filantropia, agora acumula dívidas de mais de R$50 milhões por
conta de gestões passadas. "Com
esse cancelamento do leilão, o hospital já não
corre mais o risco de fechar as portas ", revela otimista o interventor Zé
Magno.
Em tempo: Zé Magno ao
publicar essa matéria, fez questão de enviar um
exemplar do jornal para a maioria
dos comunicadores da cidade.
Por: Genílson Máximo
Comentários