Pular para o conteúdo principal

Jorge Leite, um homem de trato refinado


Doutor Jorge Leite  (foto arquivo)


Certa tarde eu estava defronte de casa a fazer um reparo no meu veículo de marca Volkswagen, modelo Gol, quando passou doutor Jorge Leite que retornava da Sulgipe e com um aceno de mão, me cumprimentou.

Eu estava a fazer a troca de uma das rodas. Momentos depois, o motorista dele retornava informando que doutor Jorge queria falar comigo. Parei o serviço e fui atender ao chamado.

 Ao chegar a casa, doutor Jorge me aguardava na área, sentado, desfrutando da brisa que provinha da Praça Princesa Isabel; favônio ampliado com ajuda da imperiosa mangueira que embeleza a referida praça.  Questionou-me  o porquê de eu estar mexendo no carro, quis saber qual o defeito que o veículo havia apresentado. 

 O leitor pode estar se interrogando o porquê de ele ter se interessado pelo fato. A razão é que eu havia comprado o referido carro no leilão da Sulgipe, em 2002, um Gol geração 01, dos quadrados. “Fiquei feliz em vê sua família reunida, todos cuidando do veículo com carinho”, disse.

 Ainda nesta prosa, insistiu que eu levasse o veículo a uma oficina para fazer uma manutenção. Eu agradeci, pois não havia necessidade. A conversa esticou, eu pude ver sua simplicidade, sua satisfação de estar ali a conversar, ocasiões raras. Pediu que a empregada trouxesse uma jarra  com água de coco e ali compartilhamos.

Doutor Jorge Leite, homem de múltiplos empreendimentos, de fino trato com os amigos; jornalista e engenheiro de formação; apaixonado pela Comunicação, proprietário da renomada Rádio Esperança; cidadão que contribuiu com o progresso de Estância e da região; criou oportunidades para muitos jovens e pais de famílias nas suas empresas. É um ícone para todos aqueles que alcançam o sucesso, sem perder a simplicidade.

Na semana passada lhe fiz uma visita, fui recepcionado por Dona Angelina que me conduziu até ele. Conversamos sobre a Rádio Esperança, ele mostrou-se alegre com minha visita. Doutor Jorge Leite deu-me a oportunidade de compor o quadro de funcionários de uma das suas empresas, antes na Sulgipe, por quatro anos, depois na Rádio Esperança, onde estou até hoje, há cerca de 15 anos.

 

Que me desculpem os leitores, mas, sou fã de doutor Jorge Leite. 

 

Genílson Máximo

14/12/2013

 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estância lamenta a perda irreparável de Riviany Magalhães, ícone da Educação Municipal

  A cidade de Estância está profundamente abalada com a precoce e trágica perda da professora Riviany Costa Magalhães, vítima de um acidente na BR-101. Mestre em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Advogada e ex-secretária Adjunta da Educação, Riviany deixou um legado significativo para a educação do município. Sua partida inesperada representa uma perda imensa, não apenas pela vasta contribuição profissional, mas também pela presença acolhedora que exercia nas escolas municipais, onde, com dedicação, transformava a vida de alunos, colegas e toda a comunidade. Riviany não era apenas uma educadora, era um símbolo de afeto, compromisso e competência. Sua trajetória, interrompida de forma abrupta, deixou todos profundamente consternados, pois ainda havia muito a ser oferecido. A ausência de Riviany é sentida de forma irreparável, mas seu exemplo continuará vivo, servindo de inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O prefeito Gilson Andrade e o vice-prefeito André G

Os cabarés de Estância, os homens de bem e o falso moralismo

Sem a menor pretensão de estar escrevendo algo original, singular, adianto que a minha motivação   para juntar esse monte de letras que chamo de texto, são as obras de Gabriel Garcia Marques, “Memórias de Minhas Putas Tristes”, as de Jorge Amado, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, e Gabriela Cravo e Canela, assim como as músicas, “Cabaré” de João Bosco e Aldir Blanc, “Folhetim” de Chico Buarque de Holanda e “Geni e o Zepelim” também de Chico Buarque. Farei   observações sobre as profissionais do sexo, ora como putas, ora como prostitutas, ou qualquer outro sinônimo, seguindo o vocabulário de cada época. Escrever sobre personagens do andar de cima ou do andar de baixo é uma opção ideológica e não literária em minha opinião, por isso escolhi mais uma vez escrever sobre gente discriminada, gente que apesar do trabalho que exercia, tinha mais dignidade do que se imagina. Estou me referindo aos proprietários de cabarés. Quanto mais lemos, quanto mais estudamos as obras de Jorge

Estância e as suas ruas de nomes pitorescos

Capitão Salomão, centro Por: Genílson Máximo Estância, traz de pia, nome   que  converge em  ascensão ao substantivo feminino. Nome que  agrada ouvir sua sonoridade e que não o é cacófato. Por conta da sua simbiose com o município de Santa Luzia - do qual  foi povoação - quiçá, recebeu do mexicano Pedro Homem da Costa o nome de Estância, talvez  por ser  um local de paragem, de descanso quando das viagens de comércio entre outros  os povos da época. Denominada pelo monarca  Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe,  Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância  das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta  por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com  as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular  com os seus  pitorescos  nomes. O programa "Sábado Esperança&