Rogério Carvalho: articulação para compor chapa majoritária (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Cargos eletivos serão definidos em fevereiro do próximo ano
O PT não vai abrir mão para ocupar a chapa majoritária, indicando o candidato ao Senado nas eleições de 2014. O nome a substituir o governador Marcelo Déda, que já estava cotado para a disputa nas próximas eleições, ainda não foi definido, mas o novo presidente do partido, Rogério Carvalho, pretende articular os debates para definir o candidato que represente a unidade dentro do Partido dos Trabalhadores.
Nos bastidores, os petistas já começam a fomentar o debate nas diversas correntes políticas, mas oficialmente os dirigentes não arriscam citar nomes para “não criar animosidades internas”, como bem define Rogério Carvalho. Mas a participação na majoritária é a prioridade do partido nas eleições de 2014. “O PT não pode ficar sem protagonismo na disputa majoritária”, considera Carvalho.
Encontrando rejeição na composição da majoritária com o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB), que se apresenta como pré-candidato ao Governo do Estado, o presidente do PT não descarta a possibilidade do partido trilhar sozinho. “Se não quiserem o PT na majoritária, vamos ter que definir. Vamos ter posição na majoritária, seja como aliado, seja caminhando sozinho”, enfatiza o presidente Rogério Carvalho.
Para Carvalho, a morte de Marcelo Déda não exclui o PT dos entendimentos para a construção da chapa majoritária que disputará o pleito de 2014. “É uma perda [a morte da Marcelo Déda] que não temos como reparar, mas o partido continua tendo seu espaço na construção política. O PT não está mais fraco ou descartável. Está enganado quem acredita nesta possibilidade”, observou. “Ninguém, de forma isolada ou individualmente, vai ocupar o lugar que Marcelo Déda deixou, mas coletivamente o PT tem condições de ocupar um espaço importante na política sergipana”, garante o deputado federal.
O ex-presidente do partido, Sílvio Santos, observa que a morte de Marcelo Déda deixa grande lacuna na vida política de Sergipe e do Brasil, mas entende que o partido terá fôlego para se manter fortalecido. “Embora concorde que Déda deixa uma lacuna imensa, ele também deixa muitos ensinamentos e muita experiência acumulada para o conjunto do PT, que vai continuar um partido forte”, observa o ex-presidente.
Por Cássia Santana
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