Por: Genílson Máximo
Há cerca de 20 anos o município de Estância fora presenteado com a Praça de Eventos Governador João Alves Filho (Forródromo), na gestão do saudoso prefeito Nivaldo Silva (PFL), seguindo da gestão da vice-prefeita Dayse Garcia que assumira a Prefeitura com a morte do titular.
A maquete do Forródromo fora exposta para a visitação pública no salão de reuniões do Paço Municipal, considerado um projeto arrojado para a época. O prefeito Nivaldo Silva ao detalhá-lo para os munícipes mostrava-se orgulhoso pela conquista. Nivaldo Silva e João Alves mantinham uma amizade sólida e se davam muito bem politicamente.
O projeto original era composto de palco, área coberta, banheiros públicos, camarins, barracas padronizadas em volta, quadras, área de dança e outras. Sabem-se lá os motivos, mas o projeto foi dado por findo faltando algumas etapas a serem concluídas. Daí, Estância passou a ser anfitriã de grande público vindo também das cidades vizinhas, cerca de 25 mil expectadores se apertavam para compartilhar a alegria de assistir aos shows de bandas como Forró Brasil, Mastruz com Leite, Magníficos, Forró Maior, Caviar com Rapadura e outras.
Nas gestões de Dayse Garcia e José Nelson o forródromo passou a ser o centro das atrações durante as festividades juninas. Estância saíra na frente de cidades como Itaporanga e Areia Branca, estas eram o destaque do São João em Sergipe naqueles anos.
Lembro-me de certa noite junina quando centenas de veículos foram estacionados em forma de corredor a partir dos fundos da Catedral, passando pela Praça Humberto Ferreira, Rua Riachuelo, até o forródromo. Naquelas noites o forródromo era uma espécie de Cinderela; no dia seguinte era apenas um espaço vazio e sem utilidades por longo período do ano.
Há um desperdício de espaço, de iluminação noturna, de vida do referido local. Sabe-se que a vontade política é irmã siamesa da gestão pública. É partir desse viés as coisas costumam acontecer. O local poderia ser mais bem aproveitado onde pudessem ser construídas áreas de ginástica e ciclovia; para apresentações folclóricas, de teatro de rua, de pequenas bandas locais, shows de skatistas, para exposições de artistas plásticos em grupo; soltura de barco de fogo; poderia ser construída uma espécie de cidade cenográfica para comercializar comidas, bebidas, artes; exibições de telões, até mesmo construir um espaço social com piscina, campo society, quadra, transformar aquilo ali num ambiente de múltiplas ações, proporcionando à comunidade uma rica opção de lazer nos finais de semana, isto organizado através de projeto.
O ideal é criar um consciente popular para que as pessoas possam frequentar o local com o fito no aproveitamento do espaço, com a oferta de oportunidades de lazer para a juventude, artistas e toda comunidade em geral.
Em 01/01/2014
Comentários