O
antigo Abrigo Belvedere, situado
defronte da Catedral, em Estância, está com o pé na cova. De acordo com o
prefeito Carlos Magno existe projeto de reforma da Praça Barão do Rio Branco,
mas não há espaço para o antigo abrigo que por muitas décadas serviu de ponto
de encontro para formadores de opiniões, de artistas e da classe operária.
O imóvel localiza-se defronte da Catedral,
no passado pertenceu ao empresário Raimundo Juliano, desapropriado pela Prefeitura
na gestão anterior quando foi desativado para o comércio de bebidas, o que
atendera a um pedido da Diocese que o via como incômodo.
O prefeito tem projeto de reforma
da praça e como o mesmo já expôs durante entrevistas nas rádios locais, não há
espaço para o referido imóvel. A decisão
tem dividido as opiniões dos estancianos. Protestos e apoios se conflitam nas
rodas de conversas e, também, nas redes sociais. Há quem defenda por ser um imóvel antigo que
compõe a história da cidade, há quem concorde com a demolição do velho “Belvedere”.
Na gestão passada a Prefeitura concedeu
a cessão de uso aos artesãos locais. Atualmente
cerca de dez artistas comercializam lembrancinhas, suvernis, pinturas
plásticas, bordado, tricô, etc. De acordo com a artesã Rita de Cássia, as
pessoas já foram informadas da necessidade de esvaziar o imóvel.
Estância presencia a agonia dos
seus casarios e sobrados históricos que a cada dia dão lugar a novos
empreendimentos. O abrigo, que por
tantas décadas cedeu espaço para apresentações artísticas e culturais, pode
desaparecer com o projeto da gestão do “Agora Pode”.
Sob o rescaldo da gestão
anterior, turistas e visitantes desembarcam no centro de Estância para conhecer
a cultura do Barco de Fogo, difundida amplamente pela gestão do Prefeito Ivan
Leite. Estes descem na Praça Barão do Rio Branco,
defronte do abrigo em questão, procuram por informações da cidade, por
informações dos festejos, etc.
Em tempos montados no passado o
Abrigo Belvedere serviu de apoio para shows de cantores como Balthazar, Antônio
Marcos, Luiz Gonzaga e outros. Na gestão passada serviu de sede do projeto
Forró do Lampião.
A prefeitura poderia aproveitar o
referido imóvel para transformá-lo em um Centro de Informações Turísticas, uma
revitalização seria o essencial para mantê-lo imponente como registro da
história de Estância.
Por:Genílson Máximo
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