A oportunidade de investir
na carreira de engenheiro está mais acessível para os jovens da região Sul do
estado. O Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus Estância conta agora com
o curso superior de Engenharia Civil. As aulas começaram em abril deste ano e a
turma é formada por 40 alunos com faixa etária média de 20 anos, dos quais
cerca de 50 % são mulheres.
O próximo
vestibular deve acontecer no início de 2015 e os estudantes aprovados já iniciarão
o ano letivo nas modernas instalações do novo campus. Dentro de um mês, a sede
provisória, na antiga Escola de Comércio, migrará para um prédio
recém-construído no bairro Cidade Nova, dotado de 12 salas de aula, 13
laboratórios, biblioteca, cantina, área de convivência, mini auditório,
departamento médico e toda a infraestrutura administrativa.
Segundo o coordenador do curso de
Engenharia Civil do IFS – Campus Estância, professor Herbet Alves de Oliveira, a abertura do primeiro curso
superior público na região Sul do estado representa uma conquista significativa
para a população. “A implantação do ensino superior no interior traz
para as pessoas a oportunidade de ingressar numa instituição pública de qualidade.
Novos horizontes serão agora abertos para a comunidade”, ressalta.
Oportunidade profissional
“Toda vida sempre
quis a área de Engenharia Civil, só que faltava uma oportunidade. Com a chegada
do curso em Estância, eu finalmente vou poder realizar esse sonho. Quando soube
que fui aprovado no vestibular, fiquei muito feliz. Felicidade maior seria
impossível. Pretendo me desdobrar ao máximo. Minhas expectativas são as
melhores possíveis”, comemora Cledson Andrade.
Fagner Fonseca Santos, 26 anos,
planejava fazer um curso superior, mas as opções disponíveis no município não
eram atrativas. “Eu já tinha facilidade com a área de exatas e queria investir
numa profissão que pudesse me proporcionar um futuro, uma melhor condição de
vida”, conta ele, sem esconder a ansiedade diante da transferência para o novo
campus. “Agora que nossa mudança já é certa, está todo mundo entusiasmado”.
De acordo com o professor Herbet de Oliveira, na prática as novas instalações irão
oportunizar aos alunos a possibilidade de engajamento em atividades de pesquisa
e extensão. Além disso, as condições de ensino e aprendizagem serão as melhores
possíveis, sobretudo com a instalação dos laboratórios de Construção
Civil, Mecânica dos Solos, Física e Hidráulica.
Ascensão feminina
Reduto tradicionalmente
masculino, nas últimas décadas os cursos de Engenharia têm contado com uma
presença cada vez mais significativa de mulheres. Em grandes instituições de ensino
do país, o número de alunas matriculadas na área vem crescendo. Na Universidade
de São Paulo (USP) houve um crescimento 50% da procura feminina em oito anos,
enquanto que na Universidade Federal de São Carlos as mulheres representavam,
em 2013, 36% dos calouros da Engenharia Civil.
O último vestibular
do Campus Estância, cuja concorrência foi de 10 candidatos para uma vaga,
reflete essa tendência nacional. A representação feminina alcançou 50% do total
de vagas. Depois que descobriu a afinidade pelas exatas ao cursar Edificações
no IFS, Larissa Isabelle Conceição da Silva, 21 anos, teve como caminho natural
a escolha pela Engenharia Civil.
“Estou gostando
muito do curso. Apesar de não termos chegado ainda nas matérias mais
específicas, estou achando o conteúdo bem interessante. Ainda não sei
exatamente qual será minha especialização, mas me vejo na obra. Gosto de
construção e da parte de elaboração dos projetos”, revela Larissa da Silva.
Visitas técnicas
Com a
expansão do setor industrial e de construção, o mercado de Engenharia está num
momento promissor no país. “O curso de Engenharia Civil é um dos que mais
oferece oportunidade de trabalho hoje em dia. O setor de construção civil está
bastante aquecido. É possível trabalhar em qualquer cidade, inclusive no
interior”, informa o professor Herbet de Oliveira. Algumas das principais especialidades são: hidráulica,
elétrica, pavimentação, estruturas, saneamento, drenagem, estradas, edifícios e
topografia. Os salários variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil.
Fonte: Secom/IFS
Carole
Ferreira da Cruz
Jornalista
- DRT 818/SE
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