Na sessão desta quarta-feira, 26, os vereadores de Estância
irão eleger os novos componentes da Mesa
Diretora da Casa. A imprensa local tem dispensado atenção e contribuído para
apimentar o debate. Nas sessões
ordinárias poucos parlamentares têm
abordado assunto. A maioria tem fugido do tema como o diabo foge da cruz.
Até a presente data o
único candidato é o atual presidente,
vereador Tito Magno Costa Garcia (DEM), eleito com 1.512 votos, o terceiro mais
votado; ficando atrás de Sérgio Larissa
(PTdoB), 1.767 e Zé da Paz
(PSDB), 1.641 votos.
A conversa sobre a
criação de uma chapa alternativa tem contribuído para um ambiente hostil entre
os parlamentares nesses dias. Articulações
aconteceram, mas sem resultado positivo.
De acordo com o vereador José Domingos Machado (PT), o prefeito tem uma maioria na base da troca de favores, o que
apadrinha o presidente atual. “Neste sentido a Casa perde a sua identidade e
passa a ser uma Secretaria do prefeito”, avalia o vereador oposicionista.
Contanto, o vereador Tertuliano Pereira (PRB), do grupo político do ex-prefeito Ivan Leite, autorizou noticiar no rádio que o seu voto é do atual presidente, Tito Magno; esqueceu que pelo regimento da Casa o voto é secreto.
O vereador Pedro Benjamim (PPS), do grupo político do
ex-prefeito Ivan Leite, disse ter revelado o interesse de participar da chapa e
foi postergado. Externou que há uma articulação de isolamento do seu nome e que
teve até vereador que disse que dispensava seu voto. Pedro assegurou que seu
voto será de acordo com o regimento da Casa (secreto) e que tudo pode
acontecer.
“Ali dentro tá vivendo uma cadeia alimentar. O que é uma
cadeia alimentar: quando um animal devora o outro para sobreviver”, desabafou o
vereador Pedro na tarde de hoje em programa de rádio ao referir-se à relação
que há na Câmara Municipal.
Nos bastidores da Câmara o disse-me-disse corre solto. Há
vereador que reclama de certos colegas que levam “conversinhas” para o prefeito
no afã de se valorizarem e de ter de volta cargos perdidos. Há quem diga que têm
vereadores pendurados nas calças do prefeito e do filho do prefeito e que passam
o tempo a ‘queimar’ os amigos de parlamento.
A Câmara é composta por doze vereadores. Desses, dez fazem
parte da bancada do prefeito, dois são do PT. Todos têm igual chances de
presidir a Casa. Segundo o vereador Dominguinhos, existe um acovardamento do
parlamento em peitar o prefeito.
Pelo visto ninguém quer ir de encontro a liderança de Carlos Magno. Diante da
dificuldade de construção de uma chapa alternativa, é provável que o filho do prefeito
seja reconduzido ao cargo para o biênio 2015/2016, como candidato único.
Segundo aliados do prefeito, após a eleição da Mesa Diretora,
Carlos Magno disse não ter interesse de formar a bancada de
sustentação com dez vereadores.
Por: Genílson Máximo
Por: Genílson Máximo
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