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Eleição da Mesa Diretora da Câmara de Estância poderá ter chapa alternativa


Após as eleições presidenciáveis o foco das atenções se volta para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Estância, para o biênio 2015/2016. Sendo um cargo muito ambicionado, o assunto parece estar trancado a sete chaves.

Ainda estão elusivos os nomes dos prováveis concorrentes.  A eleição acontece no próximo dia 26 e o que se tem de concreto é o nome do atual Presidente, Tito Magno Costa Garcia (DEM), filho do prefeito Carlos Magno. Na hipótese de não haver chapa alternativa, será em chapa única outra vez.  Contanto, há quem discorde: "É muito poder na mão da mesma família", alerta o vereador Dominguinhos (PT).

Nos corredores da Câmara suscitam a possibilidade de uma chapa alternativa que envolve os nomes dos parlamentares José Domingos Machado e Artur Oliveira, ambos do PT, vereadores de vários mandatos, conhecedores da liturgia da casa e os são da bancada de oposição.

Na eleição passada José Domingos Machado colocou seu nome à disposição, mas foi preterido e escolhido o vereador Tito Magno.  Em comum entendimento (Artur Oliveira e Dominguinhos) se abstiveram de votar na atual Mesa Diretora. Agora, Dominguinhos estar ávido pela construção de chapa concorrente. Artur Oliveira também pensa igual e se ver no páreo.

Há boato de que o vereador Artur Oliveira, supostamente, teria contrato de locação com a prefeitura, um terreno utilizado como garagem para veículos. Na sessão de quarta-feira, 12, Dominguinhos falou em defesa do colega e lançou o desafio para que fosse provada a existência de tal contrato.

O vereador Artur Oliveira usou a tribuna para fortalecer a defesa do colega e acrescentou que aposta o próprio mandato para que alguém  mostre esse tão falado contrato. O que procede é uma avaliação do imóvel feita pela Caixa Econômica estimado em 2,5 milhões e que a Prefeitura tem interesse na desapropriação, o que não é crime.  Segundo o proprietário o terreno é cedido sem custo ao Município. 

O assunto foi suscitado porque há uma mentira apregoada de interesse de certo grupo político que tem como objetivo silenciar o vereador. Perguntar não ofende: Artur vai deixar de apoiar a chapa alternativa encabeçada pelo colega de partido (Dominguinhos) para votar com a chapa do atual presidente ou vai se abster outra vez? Será que o prefeito estar usando desse expediente (compra de terreno) para barganhar? Ou o vereador petista vai encabeçar a esperada chapa concorrente? Vamos aguardar as próximas cenas.

Os vereadores Zé da Paz, Júlio André, Sérgio Bezerra, Sérgio Larissa, Pedro Benjamim, André Graça, Cristóvão Freire e Misael Dantas são nomes que podem disputar à Presidência. Todavia, Cristóvão Freire e Misael Dantas, por serem advogados,  não tenham interesse de concorrer.

Vereadores como Pedro Benjamim, Tertuliano Pereira, André Graça, Zé da Paz, eleitos pelo agrupamento contrário ao do Prefeito, atualmente na bancada da situação, têm a chance de desafiar a 'lei da física' e tomar a decisão de concorrer ao cargo ou dar apoio a chapa alternativa. Contudo, arrumar esse quebra-cabeça está sendo mais difícil que ligar ventilador em focinho de porco.

Na ótica deste repórter, o motivo de a Câmara ser composta de doze vereadores e dez serem de bancada da situação, torna o Poder Legislativo apático, sufocado, amordaçado, sem força para gritar, sem oxigênio. Os vereadores têm nas mãos a chance de fazer o legislativo manter-se mais próximo do povo, de estreitar relação com a comunidade, de acender ainda mais a democracia e de mostrar autonomia. 

No decorrer da semana Carlos Magno recebeu alguns vereadores com o objeto de articular apoios.  A singularidade da situação pede dos edis uma posição de coragem.  Sabe-se que rapadura é doce, mas é dura.

Por: Genílson Máximo

Em 15 de novembro de 2014

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