Estar em Estância é uma dádiva que o sujeito pode dar a si. Dentre o rosário de atrativos destacamos a feira livre, cenário multicultural, com destaque para os segmentos Alimentício, Vestuário, Calçadista, entre outros. Quem nunca andou pelas ruas de uma feira livre em busca de fazer compras ou tão somente para saborear uma comida típica acompanhado de amigos?
Estância tem feira livre de segunda a sábado. O evento contribui, efetivamente, para fortalecer a economia local e pode ser vista como um atrativo potencial do turismo. Um dos atrativos é o segmento da gastronomia. Pratos feitos a base de vísceras de animais, tais como sarapatel, buchada, fígado ao óleo e alho são delicias que enchem os olhos e disputado; assim como pratos de arraia, Robalo, Tainha ao leite de coco. São alimentos preparados com o toque de comida caseira. Além de saborosas, de valor baixo.
São comercializados queijo de coalho, requeijão, manteiga de garrafa, pimenta malagueta, pimenta do reino, pimenta de cheiro, noz-moscada, amendoim, castanha de caju, quebra-queixo, rapadura, ervas milagrosas; oficineiros que armengam aparelhos de rádio e TV; ambulantes que sobem e descem com seus cestos e tabuleiros a propagarem seus produtos: agulha, cachete de linha, anil, brilhantina, pilhas de rádio, pomada à base de óleo de baleia, elástico, chaveiro, prendedor de cabelo, capa para celular, espelho redondinho com foto do time preferido; esteira, redes, cordas de sisal, vassoura de pindoba, potes e panelas de barro, CDs e DVDs piratas, brinquedos e vestuário, tais como camisa, calça, vestido, cueca samba-canção, bermudas, etc.
A feira livre também funciona como centro cultural de lazer. São vistos artistas populares a recitarem cordéis, sanfoneiros, trios de forró e repentistas; são agentes que acendem a atenção dos feirantes e clientes. Nesse espaço onde o tradicional abraça a modernidade, mercadorias como óculos do Paraguai, brinquedos de origem japonesa, bonés, perfumaria, calçados, vestuário, roupa de cama, bordados, colchas de retalhos, artesanato, miudeza e armazéns são oferecidos através de expositores, tendo como pano de fundo o inevitável falario.
Quem for à feira de Estância tem que visitar o “shopping fumacinha”, um dos pontos bem freqüentados do local, onde é comercializado delicioso churrasco assado na brasa; deve ir ao Beco do Beiju para saborear os diferentes tipos de beijus: sarolho, mau-casado, doce, de coco; bolo de macaxeira, de puba, de milho, de leite. No mercado das verduras ainda é possível degustar iguarias como sarapatel, carne cozida, peixe ao coco, arraia, moqueca de aratu na palha, camarão pistola, encontrados no Box do Sr. Raimundo.
O colorido dos produtos hortifrutigranjeiros faz o cliente se render às delícias da região: manga, caju, banana, mangaba, sapoti, laranja, mamão, pinha, abacaxi, murici, graviola, umbu, jabuticaba, maracujá, melancia, batata-doce; macaxeira, inhame, feijão de corda, fava verde, tomate, pimentão, folha de couve, coentro, quiabo, maxixe e ovos; muitos destes de origem da Agricultura Familiar.
Quem ganha é a população, mais que isso, quem ganha é o município, que numa espécie de supermercado a céu aberto ver suas potencialidades se manifestarem freneticamente em um só lugar, como se fosse um grande espetáculo teatral. Quem não está acostumado pode até achar uma tremenda "confusão", mas tudo funciona harmonicamente, na hora e no lugar certo.
A Secretaria de Indústria e Comércio do Município poderia oferecer treinamento aos feirantes, com isto, agregariam melhorias ao negócio. Fica a dica!
Genílson Máximo
20 de novembro de 2014
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