O
assunto sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Estância finalmente chegou às ruas através do programa
jornalístico do radialista Luiz Carlos
Dissanti, na FM Marazul. Na audição de
hoje (19), os vereadores André Graça (PSL), Cristóvão Freire (PSB), Misael
Dantas (PSC), Sérgio Larissa (PTdoB), Pedro Benjamim (PPS), falaram sobre o
tema.
André
Graça, atual vice-presidente, considera o momento importante para Estância, mas salientou que
ainda não tem nada acordado e que não
tem presidente eleito. O vereador Cristóvão Freire, líder do prefeito,
disse que se a base aliada o apoiar pode ser candidato. Como a base quer Tito, essa
possibilidade está suprimida.
O
vereador Misael Dantas, do grupo político do deputado Gilson Andrade, integrante
da base aliada do prefeito, afirmou que
pode até colocar seu nome na disputa, desde que o atual presidente retire a
candidatura. "O voto da Câmara é um voto secreto e a gente verá quem vai
sair vitorioso", pontuou o socialista.
Ainda
no programa, e, sobre a eleição, o
vereador Pedro Benjamin lamentou a postura de certo vereador que leva fofocas para o prefeito com o objetivo
de se valorizar e recuperar cargos tomados pelo prefeito meses atrás. Benjamin
disse que não conversou com ninguém e
que ainda não declarou voto para chapa alguma. Dará a resposta no dia 26 no momento da eleição. Para
o parlamentar Sérgio Larissa é cedo para se pensar em chapa alternativa e
afirmou que não é candidato.
Dos
parlamentares entrevistados Artur
Oliveira (PT) deu relevo a possibilidade
de pôr seu nome à apreciação dos colegas. Espera contar com o apoio dos pares. "Se
houver chance de eu encabeçar uma chapa não tenham dúvida, que seja eleito o
que tiver maior número de votos ou que jogue pelo empate", disse.
Comentam-se
que os vereadores evitam falar sobre
chapa alternativa no interior da Câmara. Segundo fontes seguras não se pode nem olhar de banda que certo vereador liga para o prefeito para
acender o fogo-amigo e criar dissensão. "Muito burburinho, disse-me-disse,
vereador levando fofoca para o prefeito", lamentou Sérgio no rádio.
Diante
das falas expostas pelos vereadores supracitados, o vereador Tito Magno (atual
presidente) será reconduzido ao cargo por meio de chapa única. Certamente, nenhum dos que
se sentam ao lado do prefeito vai
ter a coragem de peitá-lo suscitando a criação
de uma chapa concorrente, pois temem pelo esvaziamento do espaço de poder como já aconteceu.
O
radialista Luiz Carlos Dussantus, em comentário, disse que está faltando
lideranças no município que dêem aos vereadores
orientação política. Porque diante do exposto mostram que estão à deriva, sem norte.
"Parece um monte de pintos doidos quando é jogado milho no galinheiro que caem todos por cima", comparou o
jornalista.
Nunca
se viu na historia política de Estância prefeito ter dez vereadores em sua bancada de
uma legislatura de doze parlamentares. Perguntar
não ofende: qual a razão que leva os vereadores a evitarem de apresentar
uma chapa que concorra com a chapa do filho do prefeito? O povo merece esta resposta.
Comentam-se
que em reunião, na casa do
vice-prefeito, um vereador eleito pelo agrupamento contrário ao do prefeito
bateu na mesa e vociferou: " Voto em Tito e quero ser um "fio do
canço" se eu mudar meu voto. E se o dono do partido não me dê legenda, eu
saio candidato em outro", disse o menino.
Há
homens firmes, há homens aguerridos em
nosso parlamento. Homens que não se
dobram e não se curvam diante de pressão.
No entanto, tem aqueles que agem
sob os ventos da sorte e variação dos fatos.
Escreveu
o Príncipe Maquiavel: "Um senhor prudente não pode e nem deve guardar sua
palavra, quando isso seja prejudicial aos seus interesses e quando
desaparecem as causas que o levaram a
empenhá-las".
Será
esse o caso?
Em 19 de novembro de 2014.
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