É
sabido que as Câmaras no Brasil são mais antigas do que o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas. A primeira delas
foi instalada por Martin Afonso de Sousa,
na capitania hereditária de São Vicente, 1532, que ficou conhecida como "Câmara Vicentina".
Há
cerca de uma semana o parlamento estanciano
enfrentou processo de eleição para escolha da nova Mesa Diretora para o biênio
2015/2016. Foram eleitos os vereadores
Sérgio Larissa, Artur Oliveira, Sérgio Bezerra e Pedro Benjamin, que
concorreram pela chapa 02, contra a chapa 01, encabeçada pelo atual presidente
Tito Magno Costa Garcia. O resultado
(7x5) impôs à bancada do prefeito uma
derrota com sabor de indigestão.
O
resultado desceu rasgando goela abaixo
dos séquitos do prefeito. Carlos Magno escolheu dois parlamentares para
Cristo e passou a mal querê-los - Júlio Camelô e Sérgio Bezerra. Ficou claro que o prefeito não esperava que o
atual presidente da Câmara fosse derrotado tendo na base dez vereadores.
A
chapa derrotada (chapa 01) foi encabeçada
por Tito Magno, seguida dos vereadores André Graça, Tertuliano Pereira e Sérgio
Bezerra; o último escrito nas duas chapas - consultado o Regimento
Interno, não foi encontrado nada que o impedisse de concorrer.
Como
se numa insurreição, a população estanciana já manifestava cansaço com situação vigente: o pai Prefeito, a esposa Secretária de Assistência
Social e o filho Presidente do Poder Legislativo. Reportando as vozes das ruas,
o vereador José Domingos Machado Soares enfatizou por diversas vezes: "É muito poder concentrado nas mãos da
mesma família. isto prejudica a democracia", alertava.
A
nova Mesa Diretora terá grandes
desafios no comando da Casa "Prefeito Pascoal Nabuco". Nesta
nova formatação o parlamento inspira ainda
mais isenção na relação com o poder executivo.
Os vereadores proscritos pelo gestor municipal já sinalizaram que não irão fazer
ouvido de mercador quanto aos queixumes da sociedade.
Na
sessão de terça-feira, 02, o vereador Júlio André cobrou o paradeiro de
uma patrol que há quase um ano foi
levada para conserto e até agora não retornou.
Sérgio Bezerra disse que vai
denunciar o Município no MP por conta das obras paradas há dois anos. O vereador Artur
Oliveira enfatizou que o prefeito não precisa de porta-voz para traduzir o que
o prefeito disse sobre os dois vereadores. O que deve ser orientado, reforça
Artur, é que o prefeito peça desculpas.
Sérgio
Larissa, presidente eleito, é iniciante na política, o mais votado dentre todos;
jovem trabalhador, empresário consolidado; chega ao comando do Poder
Legislativo acompanhado do experiente vereador e professor Artur Oliveira (vice
presidente); parlamentar de muitos mandatos que promete fazer importante parceria unindo força jovem
com experiência.
A
nova Mesa Diretora conta ainda com o respaldo de dois vereadores iniciantes:
Pedro Benjamin, empresário, e Sérgio Bezerra, policial aposentado. Esse
grupo conseguiu acender nos pares daquela
casa o desejo de mudança e implantou a democracia.
Compete
ao vereador fazer a ponte entre a
população e o prefeito. Responder pela
elaboração, discussão e votação de leis; fiscalizar as ações tomadas pelo poder executivo, além de acompanhar a boa aplicação
do dinheiro público. Isso eles farão com
maestria.
Por:Genílson
Máximo
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