Vazou
a informação da estratégia que, possivelmente, o prefeito de Estância tenha
utilizado no sentido de desarticular o grupo encabeçado pelo vereador Sérgio
Larissa, e sobre os entendimentos para reconduzir Tito Magno à presidência da
Câmara. A informação dá conta de que a
presidência da chapa governista foi oferecida ao vereador Artur Oliveira (PT)
que compunha antes a chapa 02 ocupando a vaga de vice-presidente, na eleição do
dia 26/11, anulada depois pela Justiça.
Artur
afirmou que seu desejo, como de todos do parlamento, é concorrer à presidência
da Mesa Diretora. "Mas tudo só dá no tempo certo", disse. Foi a deixa
para ser convidado a se somar ao bloco de apoio à chapa oficial. No boca-a-boca
o comentário que rola é que para o prefeito municipal é motivo de honra eleger o presidente da Mesa
Diretora da Câmara Municipal.
De
acordo com a informação, após o chamamento oficial, os dois vereadores petistas
ficaram de avaliar o convite. Em seguida, o vereador Tito Magno disse que não
tinha mais interesse de concorrer à presidência porque tinha perdido a
confiança em alguns dos colegas por conta da derrota do dia 26/11, quando
perdeu por 5x7 para chapa 02 encabeçada por Sérgio Larissa, Artur Oliveira,
Sérgio Bezerra e Pedro Benjamin. A decisão de Tito Magno foi elogiada pelos
dois vereadores petista durante sessão da Câmara.
Segundo
ainda a informação, a estratégia do
prefeito foi mais além: não bastava a
presença dos dois parlamentares do PT
apoiando a chapa oficial, ainda ligou para os vereadores Pedro Benjamin
e Zé da Paz oferecendo as vagas de vice-presidente, de 1º secretário e etc. Entretanto,
estes não atenderam as ligações, mais de 30. O objetivo era somar sete votos
contra cinco, o que daria certeza de vitória. Se já tinha os sete votos
precisos porque convidar mais dois parlamentares?
A
chapa poderia ser montada com Artur, André, Dominguinhos, Misael, Cristóvão
Freire e Tertuliano. De acordo com a fonte, nesse ínterim, o prefeito havia
orientado sua base a dizer "O PT traiu vocês e agora". Isso despertaria a discórdia e os aliados da última
hora por terem sido preteridos pela base do PT não aceitariam representantes do partido trabalhista na composição da chapa.
Com
o grupo da chapa 02 desmontado, Pedro Benjamin e Zé da Paz determinados a votar
na chapa oficial, deixaria o PT de fora do páreo. Os articuladores leais ao
prefeito diriam "Eles não votam com você, Artur, mas aceitam votar em
Tito". Eis aí o “X” da articulação.
É
claro que os holofotes se voltariam para Tito Magno e novamente seria eleito em
chapa única. Se assim procedesse, o
plano dos governistas teria alcançado o objetivo: usar o PT como escada e
reconduzir o vereador Tito Magno à presidência com ajuda dos dois vereadores do
grupo ligado a Sérgio Larissa.
Com
o vazamento desse entendimento, os articuladores da chapa encabeçada por Sérgio Larissa convenceram o vereador
Tertuliano Pereira (que sabia da articulação para eleger Tito) a não votar com
a chapa oficial. Assim aconteceu. Esta mudança desmontou os planos da citada articulação.
Quanto
aos vereadores do PT irem buscar espaço de poder não há nada de imoral. Os dois
parlamentares têm um histórico de trabalho que honra o parlamento desta cidade
e como todos, doze, têm direitos iguais. Quanto ao prefeito fazer articulações
no sentido de fortalecer sua liderança também não há nada demais. Política é a ciência
da parceria e da soma de forças.
Parabólica News
Produzida por Genílson Máximo
Reprodução autorizada com citação da fonte
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