Os
vereadores Sérgio Bezerra (PCdoB) e Júlio André (PMN) ocuparam espaço na FM
Ilha de Estância, nesta segunda-feira, 01, para responderem ao prefeito Carlos
Magno que os taxou de ‘Traidores’ durante entrevista à Rádio Abaís, no último
sábado. O Prefeito mostrou-se aborrecido com a derrota do seu filho vereador Tito
Magno (DEM) na eleição da mesa diretora, no último dia 26. Não dá para entender
o porquê de pegar esses dois parlamentares para Cristo quando tinha uma base de
dez aliados.
Faltou articulação política, respeito aos parlamentes ou alguém agiu de forma arrogante.
Na entrevista de hoje o vereador Sérgio Bezerra externou que havia uma insatisfação crescente entre vereadores diante do tratamento dispensado pelo gestor municipal, a exemplo do próprio Sérgio que foi ao gabinete e ‘tomou’ chá de cadeira de mais de duas horas e não foi atendido. Reclamou também das inúmeras vezes que vereadores telefonavam para Tito Magno para encaminhar assuntos da Câmara e não eram atendidos em hipótese alguma. Essa situação por muitas vezes foi pauta de reuniões entre os pares.
Sérgio relatou que o desejo da nova mesa diretora é o de continuar trabalhando em parceria com o executivo, mas com isenção. Lamentou a atitude impensada do prefeito em criar esse mal-estar entre os dois poderes. Disse que quanto à eleição da Câmara está tranquilo, pois o seu papel foi o de exercer a democracia, foi o de ouvir a população. “Não temos nada contra a pessoa do prefeito e nem do atual presidente da Câmara. O prefeito não tem o direito de proibir ninguém de se fazer presente aos eventos da Prefeitura”, mandou o recado.
Relatou Sérgio Bezerra que nessa versão ele não era obrigado a votar em Tito Magno. “Pelo fato de eu ter respeito por ele, não quer dizer que ele teria que permanecer. A administração dele não agradou. Se perguntar a cada vereador a maioria vai dizer que ele não agradou. A sociedade reclamou, então foi preciso mudar”, lembrou
O vereador Júlio André (PMN) relatou que não agiu com traição. Lembrou que em uma das sessões Tito Magno verbalizou que não precisava do voto do vereador Dominguinhos do PT, uma demonstração de parrança. Disse ter recusado convite do vereador Artur Oliveira para compor chapa da oposição por estar na bancada contrária. Afirmou que o prefeito está broco, pois em reunião impôs a existência de uma chapa única sem ouvir a base e sem facultar oportunidade para os demais.
Camelô lamentou também que após o resultado da eleição da Câmara o veículo Saveiro, de sua propriedade, apareceu com faróis e retrovisores quebrados. Revelou que estar de posse de uma carta anônima com ameaça de morte e que vai prestar queixa à Polícia.
No último sábado Carlos Magno disse ao radialista Dussantus, na Radio Abais, que não tem ressentimento dos demais vereadores que compuseram a chapa 02, mas que não quer conversa com os vereadores Sérgio Bezerra e Júlio Camelô. "Os dois traidores eu não quero na minha administração. Se puderem nem apareçam na Prefeitura para me pedir nada. Sérgio Bezerra e Júlio Camelô, esses dois, por favor, não apareçam onde tiver uma manifestação minha ou pública, porque eu não pretendo tê-los do meu lado para eu não tirar minha alegria, minha paz de espírito", grifou.
O Secretário de Comunicação Social, radialista Luiz Carlos ‘Dissanti’ fez uma interveniência no programa jornalístico. Reconheceu que as falas “foram mal empregadas e mal colocadas”. É certo que o novo secretário terá pela frente um trabalho hercúleo para desfazer as toleimas do prefeito Carlos Magno. Dussantus arguiu que as falas do prefeito não se tratam de uma proibição e, sim, de uma ‘Força de Expressão’.
Não
dá para engolir essa defesa do Secretário. A fala do prefeito é a fala do
prefeito. Não precisa de tradutor. Se fosse a fala de uma criança até que
podíamos concordar. O prefeito quis dizer o que disse, de forma arrogante
e prepotente. Ele esquece que está em um governo de coalizão. Chegou à prefeitura graças a união de partidos e aliados.
Então, para governar é preciso ter a sabedoria de Salomão e não andar por
ai chutando o balde, como tem feito.
Por:
Genílson Máximo
Publicação
autorizada diante da citação da fonte
Em
01 de janeiro de 2014
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