O município de Estância é dos poucos do interior sergipano a
ter um Orçamento para 2015 ao valor de
200 milhões o que favorece o prefeito Carlos Magno trabalhar com folga, haja
vista, os Orçamentos de 2013 foi de 140
milhões e o de 2014 de 144 milhões. O
deste ano é bem “generoso”.
Cerca de 85% da população de Estância é urbana e, conseqüentemente, exigem da
Prefeitura um olhar mais amplo. É preciso que a gestão tenha consciência da importância de políticas
públicas para as camadas mais carentes como
a do Santo Antônio, do Paulo Amaral, do Mutirão, do Nova Esperança, do Nivaldo
Silva, da Avenida Nova do Porto, do Candeal, do Alto São Vicente, do Albano
Franco, do Piauitinga, do Camaçari, do Balduino e Alecrim, são extremamente
carentes de políticas públicas como creches, escolas, áreas de lazer e postos de
saúde; nestas a presença da atual gestão tem sido acanhada.
No, entanto, "embelezar a sala" é o foco da
gestão quando o telhado é deixado para
depois. O Governo Municipal precisa
mostrar se tem Projeto Social voltado
para garantir oportunidades as comunidades
mais carentes a exemplo das relacionadas. Cursos profissionalizantes, informática,
esportes, teatro, futebol, dança, música, creche, escola, praças esportivas, assistências
às mães com programas de geração de emprego e renda, estas ações serão coadjuvantes na inclusão da
sociedade infanto-juvenil distanciando-a da violência que assola o país. Parafraseando o prefeito atual "O lucro
de uma prefeitura é o bem-estar social do seu povo".
O prefeito Carlos Magno está encantado com a reforma de praças e planeja viabilizar projeto de até quatro
milhões de reais como o prometido a fazer na Praça Barão do Rio Branco. Quando
nas redes sociais, nos programas de rádio, nas rodas de conversas, na feira
livre e por toda a cidade ecoam os mais variados reclames sobre serviços que retardam ser prestados.
Estância é a cidade dos banheiros e palco do forródromo demolidos; do prédio
do Graccho Cardoso demolido; da feira livre
sem investimentos em dois anos; da zona rural sem os tratores da
Prefeitura atuando em favor do pequeno produtor; da Cozinha Comunitária inaugurada e sem servir
ao povo pobre; das creches de poucas
vagas; da reclamação popular pela falta de lâmpadas nos postes; da ausência de
alguns medicamentos da farmácia básica, reclamados nos programas de rádio; da
falta dos Jogos de integração dos estudantes; da falta do réveillon de praia;
do natal de 300 mil por uma decoração de quinze dias e
por aí vai.
Contando com orçamentos ‘generosos’ o prefeito não conseguiu em
dois anos construir uma escola, nem uma creche; nem desapropriar imóveis para
sediar serviços à população; sequer comprar
um Caminhão Coletor de Lixo; nem renovou a frota de caçambas; nem comprou
tratores para servir aos pequenos produtores rurais no manejo da terra; nem
conseguiu sequer construir uma Unidade de Saúde no Bairro Senhor do Bonfim que
é cercado por várias comunidades. Não
ergueu um prédio público.
Nesta gestão o desejo de alguns Carlistas é o de cercear o
direito a livre expressão popular que é
garantida pela CF. Quem diverge do governo é atacado da forma mais vil, até com adjetivos de baixo calão. De certo que
não acontece com anuência do prefeito. "Quem assume o serviço público tem que está
pronto para absorver as cobranças. Eu não admito que uma pessoa venha para o
serviço público e botar charminho ou fazer bico. É público. Não é particular. Não está na sua empresa. É serviço público é
deve ter compromisso com a população que paga os seus impostos", enfatiza
Carlos Magno.
Na agenda de obras de reforma de praças está prometida a
demolição de espaços públicos como a Rampa de Skate e o Abrigo Belvedere. Estância
tem 166 anos, desses, quase 70 anos é de existência do referido abrigo. Os bens públicos estão condenados à demolição por capricho do
gestor municipal, quando poderia revitalizá-los e dar uma destinação útil; ou
ficará na história como o prefeito demolidor.
Demolir o patrimônio
existente para depois construir novamente é gastar duas vezes, o mesmo que
jogar dinheiro pelo ralo. Como se tivesse que destruir um carro novo para
comprar outro igual. Ninguém faria isto. Existem outras necessidades de
primeira instância que têm maior alcance social e grita por urgência.
Como falamos no introito dessa matéria, a proposta da gestão municipal está centrada na reforma de praças e pavimentação de ruas.
Essas absorvem quase cem por cento da ação do governo municipal. E com tanto dinheiro, orçamento de
200 milhões, o que está sendo feito para
preparar o município para as futuras gerações daqui há dez anos? Na geração de
empregos da iniciativa privada quais os entendimentos em ação? Vamos ficar
atentos quanto à aplicação dos impostos pagos. Estância merece mais do que está
sendo oferecido.
"Acorda meu povo", dizia o colega Dussantus.
Por: Genílson Máximo
Comentários