Pular para o conteúdo principal

Dominguinhos quer audiência pública para discutir o Patrimônio Histórico de Estância


Qual será o destino do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade de Estancia? Essa indagação ocupa os primeiros assentos da sala de inquietação do parlamentar José Domingos Soares; como professor de História, o desaparecimento gradativo do Patrimônio Histórico de Estância tem a cada dia incomodado o parlamentar petista. Na sessão da última semana, apresentou o Requerimento de Nº 95, de 11 de agosto de 2015, que versa sobre o tema citado como também, abraça o conjunto de bens materiais que contam a história do nosso povo.

Em sua preleção na tribuna, José Domingos Soares enfatizou que Estância é dona do título de “Berço da Cultura Sergipana” e não dá para ver, de forma inerte, os casarões da era da colonização da cidade em estado de ruina, de desamparo, de soledade; podendo estes ser revitalizados através de uma parceria entre a sociedade civil e o poder público.

“Esta Casa não pode ficar omissa, caros colegas, a este estado de abandono que se encontra o nosso Patrimônio Histórico e Cultural. Se faz necessário conscientizar os munícipes, proporcionar a estes o acesso ao conhecimento para a compreensão da história local, adequando-os à sua própria história local”, externou. Muitos desses prédios foram tombados pelo Estado, no entanto, isto não tem sido suficiente.

São construções erguidas no século XIX, obras majestosas, de grande valor histórico, em sua maioria estão pedindo socorro, a exemplo do prédio onde funcionou a Câmara de Vereadores, agora só resta a fachada. O requerimento apresentado chega à boa hora. 

De acordo com a matéria supracitada, o vereador proponente requer à Casa Legislativa que realize uma Audiência Pública, no próximo dia 18 de setembro, às 19 horas, no Palácio Prefeito Pascoal Nabuco, com a presença de: Kleber Rocha Queiroz, Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); Ana Luiza Dorta Valadares, Presidente do Conselho Estadual de Cultura; José Anderson Nascimento, Presidente da Academia Sergipana de Letras (ASL); Antônio Miguel Viana, Presidente da Comissão Provisória da Academia Estanciana de Letras (AEL) e Mário Dias, Secretário Municipal de Cultura. 

O encontro tem o objetivo também de discutir a criação do Centro Cultural de Estancia. “Recife possui, Salvador também possui, está na hora de discutirmos a implantação do Centro Cultural de Estância”, lembrou o vereador proponente. 




Genílson Máximo
Ascom CVE

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estância lamenta a perda irreparável de Riviany Magalhães, ícone da Educação Municipal

  A cidade de Estância está profundamente abalada com a precoce e trágica perda da professora Riviany Costa Magalhães, vítima de um acidente na BR-101. Mestre em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Advogada e ex-secretária Adjunta da Educação, Riviany deixou um legado significativo para a educação do município. Sua partida inesperada representa uma perda imensa, não apenas pela vasta contribuição profissional, mas também pela presença acolhedora que exercia nas escolas municipais, onde, com dedicação, transformava a vida de alunos, colegas e toda a comunidade. Riviany não era apenas uma educadora, era um símbolo de afeto, compromisso e competência. Sua trajetória, interrompida de forma abrupta, deixou todos profundamente consternados, pois ainda havia muito a ser oferecido. A ausência de Riviany é sentida de forma irreparável, mas seu exemplo continuará vivo, servindo de inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O prefeito Gilson Andrade e o vice-prefeito André G

Os cabarés de Estância, os homens de bem e o falso moralismo

Sem a menor pretensão de estar escrevendo algo original, singular, adianto que a minha motivação   para juntar esse monte de letras que chamo de texto, são as obras de Gabriel Garcia Marques, “Memórias de Minhas Putas Tristes”, as de Jorge Amado, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, e Gabriela Cravo e Canela, assim como as músicas, “Cabaré” de João Bosco e Aldir Blanc, “Folhetim” de Chico Buarque de Holanda e “Geni e o Zepelim” também de Chico Buarque. Farei   observações sobre as profissionais do sexo, ora como putas, ora como prostitutas, ou qualquer outro sinônimo, seguindo o vocabulário de cada época. Escrever sobre personagens do andar de cima ou do andar de baixo é uma opção ideológica e não literária em minha opinião, por isso escolhi mais uma vez escrever sobre gente discriminada, gente que apesar do trabalho que exercia, tinha mais dignidade do que se imagina. Estou me referindo aos proprietários de cabarés. Quanto mais lemos, quanto mais estudamos as obras de Jorge

Estância e as suas ruas de nomes pitorescos

Capitão Salomão, centro Por: Genílson Máximo Estância, traz de pia, nome   que  converge em  ascensão ao substantivo feminino. Nome que  agrada ouvir sua sonoridade e que não o é cacófato. Por conta da sua simbiose com o município de Santa Luzia - do qual  foi povoação - quiçá, recebeu do mexicano Pedro Homem da Costa o nome de Estância, talvez  por ser  um local de paragem, de descanso quando das viagens de comércio entre outros  os povos da época. Denominada pelo monarca  Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe,  Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância  das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta  por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com  as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular  com os seus  pitorescos  nomes. O programa "Sábado Esperança&