Pular para o conteúdo principal

Ideologia de Gênero causa polêmica na Câmara de Estância

Líderes religiosos lotaram a Câmara para acompanhar a discussão da "Ideologia de Gênero"
 
Nesta terça-feira, 04, iniciou-se o segundo período legislativo de 2015.  Os parlamentares retornaram do recesso parlamentar e diversas matérias foram apresentadas tais como Indicações, Requerimentos, Moções de Congratulações e etc. Dentre as matérias em pauta, foi apresentado o “Plano Municipal de Educação” (PME), da Secretaria Municipal da Educação, que define metas educacionais para o município por um período de 10 anos, em atendimento a Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que instituiu o Plano Nacional de Educação (PNE).
De acordo com a avaliação dos parlamentares o PME traz em seu bojo a chamada Ideologia de Gênero, uma das diretrizes que está suscitando acalorados debates em todas as câmaras do país.  Como agir diante dessa nova ameaça à família brasileira, interrogou o vereador Misael Dantas (PSC) na tribuna. Disse também que não votará em requerimento para votar o projeto em regime de urgência. Afirmou que o PME precisa ser discutido com as igrejas, com as famílias e toda a sociedade. E alertou para as consequências e conflitos familiares que este projeto pode trazer aos alunos e às famílias.
Os vereadores Tertuliano Pereira (PRB), Júlio Camelô (PMN) e Pedro Benjamin, também querem estudar melhor o PME e saber mais sobre o quesito Ideologia de Gênero, isto por conta de o projeto só ter sido mostrado na sessão de hoje.
O parlamentar José Domingos Machado (PT) disse que o mais importante da discussão é saber como será a educação de Estância daqui a dez anos. “Deveriam perguntar quais os valores que serão investidos, uma vez que ninguém irá votar em algo que venha prejudicar os valores da família”, salientou o petista. 
Doutor Cristóvão (PSB), líder de bancada, lembrou que o PME foi discutido amplamente com a comunidade por quase seis meses. Ressaltou, inclusive, que participou das discussões como representante do legislativo e insiste que o PME é bem elaborado. Externou ainda que irá convidar representantes religiosos e de outros seguimentos de defesa da família para aprofundarem ainda mais a avaliação do projeto quando chegar à sua Comissão da qual é Presidente.
O presidente da Casa de Leis, Sérgio da Larissa, lembrou que o Congresso Nacional retirou toda a referência ao “gênero” no PNE, mas o Governo Federal, através do Fórum Nacional de Educação, publicou um documento no qual impõe aos quase 6.000 municípios brasileiros a Ideologia de Gênero como uma diretriz da educação escolar.
O Pastor Josmar Torres, da Igreja Presbiteriana, alerta que isto pode influenciar negativamente na formação das crianças, induzindo-as a seguirem um comportamento que não teriam de forma espontânea, caso não fossem submetidas a esta ideologia o que pode causar danos às bases da cultura familiar e fundar uma nova ordem em que cada um pode decidir autonomamente e de maneira não definitiva a própria orientação sexual.
 Líderes religiosos compareceram à sessão: PR. Pedro Alexandre (Igreja Batista de Estância); PR. Josmar Torres (Igreja Presbiteriana de Estancia); PR. Antônio Bezerra e PR. Júlio da Cruz (Assembleia de Deus); PR. Jâmisson Santos (Igreja Missionária Cristo Rei); PR. Adonias Alves Torres (Igreja Batista Nova Aliança); PR. Orlando Alves (Igreja Presbiteriana Filadélfia); PR. Eliel Coelho dos Santos (Igreja AD Restauração em Cristo); Evilásio Ribeiro (Igreja Presbiteriana Filadélfia) e, também, representantes da Igreja católica.
Ascom CVE
Genílson Máximo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estância lamenta a perda irreparável de Riviany Magalhães, ícone da Educação Municipal

  A cidade de Estância está profundamente abalada com a precoce e trágica perda da professora Riviany Costa Magalhães, vítima de um acidente na BR-101. Mestre em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Advogada e ex-secretária Adjunta da Educação, Riviany deixou um legado significativo para a educação do município. Sua partida inesperada representa uma perda imensa, não apenas pela vasta contribuição profissional, mas também pela presença acolhedora que exercia nas escolas municipais, onde, com dedicação, transformava a vida de alunos, colegas e toda a comunidade. Riviany não era apenas uma educadora, era um símbolo de afeto, compromisso e competência. Sua trajetória, interrompida de forma abrupta, deixou todos profundamente consternados, pois ainda havia muito a ser oferecido. A ausência de Riviany é sentida de forma irreparável, mas seu exemplo continuará vivo, servindo de inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O prefeito Gilson Andrade e o vice-prefeito André G

Os cabarés de Estância, os homens de bem e o falso moralismo

Sem a menor pretensão de estar escrevendo algo original, singular, adianto que a minha motivação   para juntar esse monte de letras que chamo de texto, são as obras de Gabriel Garcia Marques, “Memórias de Minhas Putas Tristes”, as de Jorge Amado, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, e Gabriela Cravo e Canela, assim como as músicas, “Cabaré” de João Bosco e Aldir Blanc, “Folhetim” de Chico Buarque de Holanda e “Geni e o Zepelim” também de Chico Buarque. Farei   observações sobre as profissionais do sexo, ora como putas, ora como prostitutas, ou qualquer outro sinônimo, seguindo o vocabulário de cada época. Escrever sobre personagens do andar de cima ou do andar de baixo é uma opção ideológica e não literária em minha opinião, por isso escolhi mais uma vez escrever sobre gente discriminada, gente que apesar do trabalho que exercia, tinha mais dignidade do que se imagina. Estou me referindo aos proprietários de cabarés. Quanto mais lemos, quanto mais estudamos as obras de Jorge

Estância e as suas ruas de nomes pitorescos

Capitão Salomão, centro Por: Genílson Máximo Estância, traz de pia, nome   que  converge em  ascensão ao substantivo feminino. Nome que  agrada ouvir sua sonoridade e que não o é cacófato. Por conta da sua simbiose com o município de Santa Luzia - do qual  foi povoação - quiçá, recebeu do mexicano Pedro Homem da Costa o nome de Estância, talvez  por ser  um local de paragem, de descanso quando das viagens de comércio entre outros  os povos da época. Denominada pelo monarca  Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe,  Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância  das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta  por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com  as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular  com os seus  pitorescos  nomes. O programa "Sábado Esperança&