Pular para o conteúdo principal

Prefeito pisou no quiabo



O programa "Sábado Esperança" não podia deixar de trazer à baila uma fala do Prefeito Carlos Magno ao colega Chiquinho, no programa de sábado (19/03), na Rádio Abais.  Sobre distribuição de sementes Carlos Magno disse “Eu sempre dei sementes todos os anos. A diferença é que na gestão anterior esperava do governo, gratuita, para a prefeitura não gastar dinheiro”.

Nota-se que nessa fala o prefeito demonstra uma desinformação ou desespero. Feito uma criança que se atira na piscina e não sabe para qual o lado seguir.   É também a prova cabal de que o prefeito em seu quarto ano de gestão ainda continua a falar grego com a sua Comunicação que não devia ter deixado o prefeito sozinho na hora da entrevista. O prefeito Carlos Magno não tem dado muita sorte ao conceder entrevista, pois sempre fala algo imérito. Reportar-se às ações da sua gestão tem todo o direito. Deve! Porque deve prestar satisfação ao povo qual a forma que tem utilizado o erário, onde tem investido cada centavo e etc.

O que não pode é negar o status quo alheio. É querer apagar uma história construída com decência. Isso é feio, é pequeno, é mesquinho, é como se o sujeito revelasse o seu próprio caráter. O homem tem que ser verdadeiro em todos os seus atos. Deve ter a glória de honrar o Ser que Deus lhe fez. Mas, o caráter, a postura, a história, a trajetória, revela quem é quem ao longo do tempo. Explica bem uma das famosas citações do 16º presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”.

Quando das falas do prefeito em público, sempre, aproveita para desmerecer os feitos da gestão passada na tentativa sepulcral de aniquilar os seus adversários políticos. Assim fez no Bairro Alecrim, fez na Colônia Entre Rios, fez na Rádio Ilha, fez na Rádio Abaís. Perde a oportunidade de relatar o que tem feito como Prefeito da cidade ou policiar  suas  falas para depois não vir a ser refutado.

Fomos ouvir o vereador André Graça, ex-secretário da Agricultura, disse-nos que o ex-prefeito Ivan Leite realizou um grande esforço para atender bem aos pequenos produtores rurais oferecendo o que tinha de melhor em termos de sementes de milho e de feijão. Relatou que o ex-prefeito pediu informações a Embrapa acerca da semente que melhor se adaptasse a região daqui; promoveu licitação no começo de cada ano objetivando que a distribuição das sementes acontecesse no tempo certo, em março, a partir do Dia de São José; cerca de 1600 famílias eram atendidas; o prefeito tinha o cuidado de fazer a entrega tendo como via de controle um talão de luz, evitando que a mesma pessoa recebesse duas vezes. De acordo com André eram compradas oito toneladas de sementes de milho e três de feijão.

Antes da entrega das sementes a prefeitura fazia a cessão de uma hora de trator – tratores comprados a partir de emenda do deputado Bosco Costa - o que equivalia quatro tarefas de terra arada sem custo algum para o pequeno proprietário.  Durante oito anos os produtores rurais foram contemplados com uma hora de trator, com sementes de milho e feijão, compradas com recursos próprios, além de garantir vacinação dos animais equinos contra o “mal de roda” e ainda com a implantação do programa de melhoramento em bovino – inseminação artificial – com as raças Nelore e Gir Leiteiro, resultando numa produção de mais 200 crias na redondeza.

Então não dá para ficar calado diante de uma injustiça cometida pelo prefeito Carlos Magno ao dizer que ele sai na frente na distribuição de sementes e que a gestão anterior esperava pelas sementes do governo para não gastar o dinheiro da Prefeitura. O mais estranho é o secretário de Comunicação deixar o prefeito cometer essa gafe, dar essa barrigada, pisar no quiabo. Pois o secretário vem da gestão passada, é conhecedor dos fatos.  O curioso é porque razão  deixou o prefeito errar? O prefeito não devia estar munido das informações da sua gestão?  Mas, diante dos fatos recentes tudo levar a crer que o prefeito não anda muito confiante no que diz o secretário da Comunicação. Outro dia disse o prefeito "Ele mentiu, se ele disse isso, mentiu", numa conversa com o repórter Théo Batista.

Não desejamos lhe convencer, desejamos que você conheça os fatos e as pessoas.  Bem informado o julgamento é seu.

Bom dia!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estância lamenta a perda irreparável de Riviany Magalhães, ícone da Educação Municipal

  A cidade de Estância está profundamente abalada com a precoce e trágica perda da professora Riviany Costa Magalhães, vítima de um acidente na BR-101. Mestre em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Advogada e ex-secretária Adjunta da Educação, Riviany deixou um legado significativo para a educação do município. Sua partida inesperada representa uma perda imensa, não apenas pela vasta contribuição profissional, mas também pela presença acolhedora que exercia nas escolas municipais, onde, com dedicação, transformava a vida de alunos, colegas e toda a comunidade. Riviany não era apenas uma educadora, era um símbolo de afeto, compromisso e competência. Sua trajetória, interrompida de forma abrupta, deixou todos profundamente consternados, pois ainda havia muito a ser oferecido. A ausência de Riviany é sentida de forma irreparável, mas seu exemplo continuará vivo, servindo de inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O prefeito Gilson Andrade e o vice-prefeito André G

Os cabarés de Estância, os homens de bem e o falso moralismo

Sem a menor pretensão de estar escrevendo algo original, singular, adianto que a minha motivação   para juntar esse monte de letras que chamo de texto, são as obras de Gabriel Garcia Marques, “Memórias de Minhas Putas Tristes”, as de Jorge Amado, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, e Gabriela Cravo e Canela, assim como as músicas, “Cabaré” de João Bosco e Aldir Blanc, “Folhetim” de Chico Buarque de Holanda e “Geni e o Zepelim” também de Chico Buarque. Farei   observações sobre as profissionais do sexo, ora como putas, ora como prostitutas, ou qualquer outro sinônimo, seguindo o vocabulário de cada época. Escrever sobre personagens do andar de cima ou do andar de baixo é uma opção ideológica e não literária em minha opinião, por isso escolhi mais uma vez escrever sobre gente discriminada, gente que apesar do trabalho que exercia, tinha mais dignidade do que se imagina. Estou me referindo aos proprietários de cabarés. Quanto mais lemos, quanto mais estudamos as obras de Jorge

Estância e as suas ruas de nomes pitorescos

Capitão Salomão, centro Por: Genílson Máximo Estância, traz de pia, nome   que  converge em  ascensão ao substantivo feminino. Nome que  agrada ouvir sua sonoridade e que não o é cacófato. Por conta da sua simbiose com o município de Santa Luzia - do qual  foi povoação - quiçá, recebeu do mexicano Pedro Homem da Costa o nome de Estância, talvez  por ser  um local de paragem, de descanso quando das viagens de comércio entre outros  os povos da época. Denominada pelo monarca  Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe,  Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância  das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta  por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com  as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular  com os seus  pitorescos  nomes. O programa "Sábado Esperança&