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O Rádio: sua história, seus profissionais, Esperança em forma de música


Há quase meio século Estância e região ouve, ininterruptamente, as transmissões da emissora que se consagrou como a Pioneira do Interior do Estado - RÁDIO ESPERANÇA - criada pelo jornalista Jorge Prado Leite, também engenheiro elétrico. A partir de 01 de maio de 1967, o interior passou a ouvir o prefixo " ZYJ 925, Rádio Esperança, operando na freqüência de 1.250kHz". Com esse feito, retumbante à época, o invento de Guglielmo Marconi, do físico Nikola Tesla - o gênio injustiçado da história -, do Padre Roberto Landell de Moura - inventor do transmissor de ondas, do telégrafo sem fio e do telefone sem fio - , passou a ser ouvido por mais de 300 mil habitantes nas regiões Sul de Sergipe e Norte da Bahia.

No dia 22 de fevereiro de 1857 nasceu Heinrich Hertz. O físico foi o primeiro a medir as oscilações eletromagnéticas. Desde 1933, a medida internacional para a freqüência destas oscilações é chamada Hertz. Comumente ouvimos locutores pronunciarem Hertz, kilohertz, megahertz, quase todos os dias, por exemplo, na especificação da freqüência em que transmite a emissora de rádio preferida.

O referido cientista que deu origem à medida e à onda hertziana – um Hertz corresponde a uma oscilação por segundo – determinou a velocidade da propagação das ondas e contribuiu decisivamente para o desenvolvimento das técnicas de radiotransmissão que hoje são tão presentes no dia a dia de milhões de ouvintes, divididos em vários segmentos sociais, gostos, programas, criando aldeias por todo o globo.

Estância tem vocação para ser pioneira: na indústria com a Fábrica Santa Cruz, na Fé com a implantação da Diocese e na radiodifusão com a presença da Rádio Esperança. A historia se divide em dois tempos: o antes e o depois da presença da emissora pioneira na cidade e região.

A rádio estabeleceu, por longos anos, um elo entre as cidades e povoados da região; estes trocavam recados e avisos por meio da emissora. O receptor de rádio, por se tratar de um equipamento de baixo custo, passou a povoar os lares e a captar os programas levados aos possíveis recantos existentes.

A programação diversificada, até hoje, exerce um encanto que incide na vida diária das pessoas, tanto em zonas urbanas quanto rurais. O rádio tem a capacidade de ilustrar a imaginação do ouvinte, de estabelecer laços afetivos e de até suscitar uma cálida sensação de intimidade com o comunicador.

Após anos de radiotransmissão, os entendimentos estão sendo ultimados para efetivar a migração entre sinais. O sucessor na superintendência, engenheiro elétrico Ivan Leite, não se fez de rogado quando recebeu o convite da ANATEL se gostaria de migrar de AM (Amplitude Modulada) para FM (Freqüência Modulada). Até meados do ano que vem, possivelmente, a Rádio Esperança estará transmitindo em FM, passará a ser Esperança FM.

Atualmente o quadro de locutores e operadores expõe profissionais de larga experiência, alguns com mais de 20 anos de atuação, seja na Técnica de Áudio, seja defronte dos Microfones, seja na Produção - Ana Maria, Rita Neris, Irene Menezes (operadoras de áudio); Valter Santos, Karina Liberal, Saulo Oliveira, Théo Batista, Elda Maria e Genilson Máximo (locutores).

Estes são responsáveis pela condução de uma rádio que mudou a maneira de ouvir rádio. Profissionais que fizeram do rádio um instrumento da vida cotidiana de milhares de ouvintes. E é usado para informar, ouvir música, interagir, educar, etc.

Ao adentrar à fase de migração para FM, sem dúvida, o superintendente Ivan Leite contará com uma das melhores mãos de obra do rádio sergipano. Profissionais capacitados, experientes, de grande bagagem, que fazem da Esperança uma das mais conceituadas emissoras do interior. Que não deixa nada a desejar.

Guglielmo, Tesla, Landell, Roquetti Pinto, doutor Jorge Leite, sem o feito ousado desses homens, sem dúvida, a vida não teria o mesmo encanto. Não teria a Esperança!

Por:Genílson Máximo

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