Não vamos ser
levianos em afirmar, ou culpar quem quer q seja na busca de justificar as
razões que levaram ao acidente com avião que vitimou o ministro Teori Zavascki,
no último dia 19, numa breve viagem de São Paulo a Paraty, após cair no
mar. Zavascki era Relator dos processos relacionados à operação Lava Jato.
Segundo contam as reportagens, atualmente, há no gabinete do ministro um acervo de 7.566 processos, sendo
12 ações penais e 65 inquéritos, a maioria contra políticos e autoridades com o
chamado foro privilegiado.
Responsável pelos processos da Operação Lava Jato em
andamento na Corte, Zavascki estava prestes a homologar a delação premiada
de 77 ex-executivos da Odebrecht enviadas pela PGR no dia 19 de dezembro.
Fatos como esse, envolvendo personalidades da política
nacional, chamam atenção de todos os seres pensantes, suscita diversas
correntes de pensamentos, de suspeitas,
de vieses e verticalmente puxa o assunto para a ordem do dia. E esse fato, do
acidente de Teori, soma-se a outros que ocorreram envolvendo personalidades da
política nacional e até hoje ainda são intrigantes e desafiam novas
revelações.
EDUARDO CAMPOS
Em 13 de agosto de 2014, de forma misteriosa avião arremeteu
por conta do mau tempo e cai, tirando a vida de Eduardo Campos e tripulantes
que seguiam do Rio de Janeiro para
Santos para cumprir agenda de campanha.
Prestes a completar dois anos, a queda do avião que
matou Eduardo Campos (PSB) produziu uma reviravolta e juntou mais uma
morte à sua trama. Foi encontrado morto na quarta-feira (22/06/2016) o
empresário pernambucano Paulo Cesar de Barros Morato, menos de 48 horas depois
de a Polícia Federal deflagrar a Operação Turbulência, que investiga um
aparente esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, do qual o avião que matou
o então candidato presidencial do PSB faria parte. Morato era, segundo a PF,
testa de ferro da empresa que forneceu o dinheiro para a compra da aeronave.
O coronel do Exército Dolvin Dantas disse à época que o
acidente com o Cesnna foi um atentado
terrorista. O coronal revelou ainda que
Eduardo Campos foi assassinado. Fica a pergunta: quem tinha interesse de assassiná-lo?
GETÚLIO VARGAS
Getúlio Vargas suicidou-se
em 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, Rio de
Janeiro.
Em 1951, Getúlio Vargas retornou a presidência da
República, dessa vez por meio do voto popular. Vargas se candidatou pelo PTB e
recebeu apoio do Partido Social Progressista (PSP), vencendo o pleito de 1950
com 48,7% dos votos. O segundo mandato presidencial de Getúlio Vargas foi
marcado por importantes iniciativas nas áreas social e econômica.
Na fase final do seu governo, porém, as pressões de grupos
oposicionistas civis e militares desencadearam uma aguda crise política que
levou Vargas a interromper seu mandato com um ato que atentou contra sua
própria vida: o suicídio. Ficou na cabeça do povo uma interrogação: será que
foi ele mesmo?
JUSCELINO KUBITSCHEK
Houve conspirações a respeito da morte do ex presidente
brasileiro Juscelino Kubitschek? JK como ficou conhecido, presidiu o
Brasil entre os anos de 1956 até 1961, sendo ele o responsável pela construção
de Brasília. O automóvel em que viajava, um Chevrolet Opala, colidiu
violentamente com uma carreta carregada de gesso após o carro ter sido fechado
por um ônibus, mas o corpo do seu motorista Geraldo Ribeiro, que também perdeu
a vida nesse acidente, apareceu com uma perfuração semelhante a disparo de arma
de fogo na cabeça, segundo fontes da segurança em 1976, o que levou muitas
pessoas a afirmarem que o ex presidente havia sido vítima de assassinato.
CASTELO BRANCO
Segundo a versão oficial dos fatos, o Marechal Castello
Branco faleceu em um acidente aeronáutico, em uma aeronave do Governo do Estado
do Ceará, um Piper Aztec, matriculado PP-ETT, no dia 18 de julho de 1967. A
aeronave que conduzia o ex-presidente foi atingida na cauda pela ponta da asa
de um caça da Força Aérea Brasileira, um Lockheed TF-33, perdendo a deriva.
Depois de entrar em parafuso chato, o avião chocou-se com o solo e todas as
pessoas a bordo morreram, com exceção do co-piloto.
Embora a presença de caças nos céus do Ceará fossem comuns
entre 1947 e 2002, o tráfego civil era respeitado e os jatos mantinham
separação visual dos mesmos, como acontece até hoje. Mas o bimotor que levava
Castello Branco foi atingido na deriva com uma precisão "cirúrgica",
com poucos danos ao caça
ULYSSES GUIMARÃES
Em 12 de outubro de 1992, outro acidente aéreo, como o que
resultou na morte do presidenciável Eduardo Campos, mudou a história
política do Brasil. O voo que levava o deputado Ulysses Guimarães de Angra do
Reis (RJ) para São Paulo caiu no mar.
O deputado Ulysses Guimarães (PMDB) foi figura de grande importância
no processo de redemocratização do Brasil. Presidiu a Assembleia Nacional
Constituinte, da qual nasceu a Constituição Federal de 1988, e foi
peça fundamental durante a crise política que terminou com o impeachment do
presidente Fernando Collor de Mello.
A bordo do helicóptero também estavam sua esposa, Mora
Guimarães, além do ex-senador Severo Gomes, a esposa e o piloto. Ninguém
sobreviveu. O corpo de Ulysses foi o único entre as vítimas que não foi
encontrado.
De acordo com os noticiários
à época, Collor contou que Ulysses
Guimarães o apoiava no início da crise que culminou em sua saída da
presidência, mas no meio da crise a base da oposição convenceu Ulysses a mudar
de lado. Caso o Collor fosse derrubado, o Itamar Franco iria renunciar e assim
o Ulisses seria Presidente.
Quando aconteceu a queda do Collor, caiu o helicóptero que
estava Ulysses em Angra dos Reis junto com o principal aliado e amigo o Senador
Severo Gomes. Com isso o Itamar foi efetivado presidente. Prometeram a Collor
que o vice-presidente renunciaria logo diante da condenação pelo Senado
e, assim, ocorrendo a vacância do cargo,
Ulysses, finalmente cumpriria o sonho de exercer a Presidência da
República eleito pelo Congresso, para cumprir o restante do mandato do presidente cassado. Seu trágico
desaparecimento jogou uma pá-de-cal na operação.
TANCREDO NEVES
Aquela foi anunciada e prometida como uma cirurgia de rápida
recuperação que, no máximo, adiaria a posse do primeiro presidente civil após
21 anos de ditadura militar, marcada para 15 de março de 1985. Mas ocorreu o
imponderável. Um erro de diagnóstico de apendicite supurada e uma operação de
emergência desnecessária, tumultuada não só pelo “espetáculo” aberto na cena
política, mas por uma sucessão de atos médicos temerários que provocaram danos
ao paciente. Começava ali um drama que teria como desfecho a morte de Tancredo
Neves em 21 de abril de 1985.
Tancredo Neves foi o primeiro presidente civil eleito após
décadas de ditadura no Brasil. Sobre seus ombros repousavam a esperança e a
confiança do povo brasileiro que clamava por mudanças. Porém o Tancredo Neves
acabou falecendo sem jamais assumir o cargo, num dos episódios mais
misteriosos, e controversos da história brasileira.
Era fim do dia 14 de março de 85, somente algumas horas
antes da posse de Tancredo, quando ele foi para uma missa. De lá ele saiu
sentindo-se mal e foi internado no Hospital de Base de Brasília. Trinta e
oito dias depois o primeiro presidente civil brasileiro em décadas estava morto
e faltavam explicações.
Uma das teorias sobre a morte dizia que Tancredo havia sido
assassinado por militares contrários à entrega do poder. A tese ganhou força em
1996, quando o general Newton Cruz, em entrevista ao programa Roda Viva,
da TV Cultura, disse que Paulo Maluf o procurou em outubro de 1984 (três meses
antes da votação no Colégio Eleitoral), propondo um golpe caso Tancredo fosse
eleito.
TONINHO DO PT
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos
Bingos, Roseana Morais Garcia, viúva de Antônio da Costa Santos, o Toninho do
PT - prefeito de Campinas (SP) assassinado em setembro de 2001 - voltou a
afirmou na terça-feira, 08/11/2005, que o marido foi morto por questões
político-administrativas, não tendo sido vítima de crime comum, conforme
reconheceu a polícia civil de São Paulo. Para Roseana Garcia, Toninho morreu
por ferir interesses de "gente graúda", incluindo os de figuras
importantes na história do PT.
Num depoimento emocionado, Roseana denunciou que o inquérito
que apurou a morte de Toninho "foi mal conduzido" e sustentou que
tudo leva a crer que Toninho foi assassinado por denunciar superfaturamento de
obras e licitações públicas com "cartas marcadas". Ela citou a
licitação para construção do metrô de superfície de Campinas, que jamais entrou
em funcionamento, no valor de US$ 80 milhões.
CELSO DANIEL
Além do ex-prefeito de Santo André, assassinado em janeiro
de 2002, sete homens ligados ao caso morreram. Acusado de encomendar a morte do ex-prefeito
de Santo André Celso Daniel, Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, morreu na
terça-feira (27/09/2016) após uma longa batalha contra o câncer; mas, como em
um romance policial, o crime contra Celso Daniel foi de fato seguido por outras
sete estranhas mortes que podem ter relação com o caso.
1. Carlos Delmonte Printes
Médico legista que emitiu o laudo identificando sinais de
tortura no corpo do prefeito, afirmando que Celso Daniel foi embalsamado - o
que possibilitaria uma autópsia posterior - e que a real data da morte foi em
19 de janeiro. Printes foi encontrado morto em seu escritório, em outubro de
2005. A Polícia Civil concluiu que o médico cometeu suicídio por causa do fim
de seu casamento, ingerindo medicamentos que interromperam sua respiração.
2. Dionísio Aquino Severo
Líder da quadrilha da Favela Pantanal, foi resgatado por um
helicóptero do Presídio Parada Neto, em Guarulhos (SP), dois dias antes do
sequestro de Celso Daniel, do qual participou. Foi preso três meses após o
crime e afirmou á polícia que tinha revelações a fazer. Antes de contar o que
sabia, foi encontrado morto no Presídio do Belém, em São Paulo. Aílton Freitas,
um dos presos que fugiram com ele, disse em depoimento que Dionísio havia sido
resgatado para cumprir a tarefa de "queima de arquivo" de um
"peixe grande" e que o empresário Sérgio Gomes da Silva, o
"Sombra" seria o mandante do crime.
3. Sérgio 'Orelha'
Escondeu Dionísio quando ele fugiu do presídio de Guarulhos.
Foi morto a tiros em novembro do mesmo ano.
4. Otávio Mercier
Investigador da Polícia Civil que procurava Dionísio após a
fuga e conversou com ele pelo telefone às vésperas do sequestro de Celso
Daniel. Foi encontrado morto em casa também com marcas de tiros.
5. Antonio Palácio de Oliveira
Garçom que serviu o último jantar do prefeito, em uma
churrascaria na região central de São Paulo, do qual Celso Daniel saía com
Sombra quando foi sequestrado. Morreu ao chocar a moto contra um poste quando
era perseguido por dois homens.
6. Paulo Henrique Brito
Testemunha do acidente do garçom, foi morto 20 dias depois.
7. Iran Moraes Redua
Agente funerário que reconheceu o corpo de Celso Daniel em
uma estrada de terra em Juquitiba, a 78 quilômetros de São Paulo. Foi morto a
tiros em novembro de 2004.
Celso Daniel, aos cinquenta anos de idade, quando ocupava o
cargo de prefeito de Santo André pela terceira vez, foi sequestrado na
noite de 18 de janeiro de 2002, quando saía de uma churrascaria
localizada na região dos Jardins, em São Paulo.
Segundo a imprensa, o prefeito estava num Mitsubishi
Pajero blindado, na companhia do empresário Sérgio Gomes da
Silva, conhecido também como o "Sombra". O carro teria sido
perseguido por outros três veículos: um Santana, um Tempra e
uma Blazer.
Na rua Antônio Bezerra, perto do número 393, no Bairro
do Sacomã,
Zona Sul da capital, os criminosos fecharam o carro do prefeito. Dispararam
contra os pneus e vidros traseiro e dianteiro de seu carro. Gomes da Silva, que
era o motorista, disse que na hora a trava e o câmbio da Pajero não
funcionaram.
Os bandidos armados abriram a porta do carro, arrancaram o
prefeito de lá e o levaram embora. Sérgio Gomes da Silva ficou no local e nada
aconteceu com ele. Na manhã de 20 de janeiro de 2002, domingo, o corpo do
prefeito Celso Daniel, com onze tiros, foi encontrado na Estrada das
Cachoeiras, no Bairro do Carmo, na altura do quilômetro 328 da rodovia Régis Bittencourt (BR-116),
em Juquitiba.
Muitos integrantes da família do prefeito morto acreditam na
hipótese de crime político. Segundo o irmão de Celso Daniel,
o oftalmologista João Francisco Daniel, o prefeito morreu porque
detinha um dossiê sobre corrupção na prefeitura de Santo André.
João alega que seu irmão Celso Daniel, quando
era prefeito de Santo André, sabia e era conivente com esquema de
corrupção na prefeitura, que servia para desviar dinheiro para o Partido
dos Trabalhadores (PT). O suposto esquema de corrupção envolveria
integrantes do governo municipal e empresários do setor de transportes e
contaria ainda com a participação de José Dirceu.
Não vamos ser levianos em acusar ninguém sem as devidas
provas. Apenas queremos traçar um debate acerca dessas coincidências envolvendo
pessoas da esfera política. E você o que acha?
Edição do Parabólica News
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