Você já foi à feira de Estância nesses dias? Ela está mais bonita, mais jovial, tal qual uma nubente engalanada. Feira é poesia, é teatro ao ar livre, é cordel, é versos, é prosa, é publicidade em garrafais, é passarela, vitrine, a mais verdadeira cultura popular no mesmo espaço. Nossa feira está na rima dos nossos compositores, na pena dos nossos poetas.
Tal qual escreveu Ary Barroso "Na Baixa do Sapateiro eu encontrei um dia a morena mais frajola da Bahia"; como escreveu o poeta pop Doryval Caymmi "Você já foi à Bahia, nêga? Não? Então vá!"; de forma semelhante enalteceu os seus valores imateriais o compositor Toquinho "Passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã, ouvindo o mar de Itapuã, falar de amor em Itapuã; o poeta Manoel Bandeira também eternizou o seu amor pela sua terra natal, Recife: "Mas não houve dia em que não te sentisse dentro de mim, nos ossos, nos olhos, nos ouvidos, no sangue, na carne". Não há como negar que a poesia está intrinsecamente ligada a cultura popular, basta ver com calma as belezas ao redor, ver com os olhos de poeta, de compositor ou ser mais observador.
A feira é uma das culturas mais antigas do mundo. A história do comércio é um fato que remete a antiguidade e as grandes navegações. A ideia central desses períodos perdura até hoje. Antes da moeda havia o comércio de trocas. Com todo esse sedimento de valores, a feira possui uma arquitetura alegórica, própria, dona de um quê atraente, gostoso, boníssimo.
Bastou 30 dias da nova gestão para notar que a feira está melhor, mais espaçosa, boa de caminhar, de usufruir do comércio. Isto por conta do trabalho do prefeito Gilson Andrade que de forma imparcial está humanizando o local e trabalhando no sentido de setorizar os produtos. Já se vê agentes da Guarda Municipal a darem maior tranqüilidade aos clientes e vendedores.
A feira oferece os mercados municipais, de cereais, de pescados, de carnes; há um setor de frutas tropicais - mangaba, acerola, murici, goiaba, manga, mamão, tangerina, abacaxi, banana, coco, cana, jaca -, há setores de vestuários, calçados, miudezas, agulhas, cachetes, ervas medicinais; também são encontrados queijos coalho, requeijão, carnes, frango, ovos caipira; comidas caseiras, carne de panela, lombo, bife, sarapatel; mingau de puba, beijus, tapioca, mungunzá, cuscuz, entre outros.
Não é por acaso que toda a cidade vai se abastecer na feira livre da cidade, onde há um espaço com a oferta de milhares de atrativos, que na sua maioria, enche os olhos do visitante e do turista. A feira é um shopping a céu aberto com milhares de gostosuras que enchem os olhos.
Você já foi à feira de Estância?
Por: Genílson Máximo
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