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Estância tem prefeito que canta e anima a massa

"Me dá um dinheiro aí",  marchinha do menu do prefeito Gilson Andrade fez  os foliões  cair na folia


Estância é um município que em muitas coisas  diferencia dos demais municípios sergipanos. Berço da imprensa sergipana com o jornal "Recompilador Sergipano", de 1832,  editado por Monsenhor Silveira; pioneira na radiodifusão, com a Rádio Esperança, de 1967, implantada pelo empresário Jorge Leite; da centenária Lira Carlos Gomes, criada por Francisco Pires,  em 03 de outubro de 1879;  do barco de fogo, criado pelo pescador Chico Surdo; de parque industrial promissor; de Graccho Cardoso, governador de Sergipe; de Gumercindo Bessa, advogado, magistrado e jornalista.

Ser prefeito de um município como Estância é sonho de muitos filhos e ate de filhos adotivos. Um município que detém  o terceiro ICMS do estado, que possui uma população que beira os 70 mil habitantes, que  agrega  mais de 44 mil eleitores,  não resta dúvida que muito honra ser gestor de uma divisão territorial  desse porte.

No último pleito  disputaram  o cargo de Prefeito o  médico Carlos Magno (PSB), Márcio Souza (Psol), Titó (PPL) e o deputado Gilson Andrade (PTC) que  derrotou  os referidos com a soma de 14.405 votos, 40,79% dos votos válidos.

Gilson Andrade antes de exercer dois mandatos como deputado estadual, foi vice-prefeito (2005/2008) na gestão do ex-prefeito Ivan Leite.  À época  não escondia  sua paixão pela música. Em uma das suas confissões revelou  já ter passado por uma filarmônica quando instrumentalizava um clarinete. 

Foi aluno da filarmônica de Itabaiana - das mais antigas do país - teve como professor de música o maestro João de Matos (falecido); à época estudante  da 7ª série no Colégio Murilo Braga. A paixão  latente e musical o fez  comprar um saxofone (recentemente  doou à Lira Carlos Gomes).  Já dominando a arte musical, animou  blocos  e  gritos de carnaval nos clubes e ruas  de Itabaiana. "Eu tocava em um bloco e  Xisto (hoje maestro da Lira Carlos Gomes) tocava em outro", lembra com saudade. 

Sua carreira  como músico foi estacionada com o ingresso na faculdade de medicina em 1982. Foi uma carreira efêmera entre os anos 75 a 82, contanto, chegou a ser reconhecido pela Ordem dos Músicos que lhe conferiu a carteira de músico.

Sua introdução no universo musical o levou a se apaixonar pelas musicas do Rei do Baião Luiz Gonzaga, as quais listam seu repertório predileto. Nessa ceara também é um exímio intérprete da discografia carnavalesca. Quando vice-prefeito dominava o palco dos festejos públicos, fosse carnaval ou São João, lá estava doutor Gilson Andrade acompanhado da Orquestra Carlos Gomes  a fazer a animação dos brincantes, dançarinos e foliões. Não deixava a desejar. Sua contribuição, mesmo sem ser a atração principal, era de bom tamanho e fazia o público sentir-se animado.

Este ano, carnaval, o prefeito que canta, que faz a diferença, que gosta de estar no meio da massa, não se fez de rogado: pegou o microfone e debulhou certinho todo o seu bom repertório de frevos e marchinhas sob a batuta do amigo e maestro Claudemiro Xisto que regia a Orquestra Carlos Gomes. A  apresentação se deu na Praça Barão do Rio Branco  ao lado da catedral.  O prefeito fez a sua  vice-prefeita Adriana Leite dançar, fez o amigo Ivan Leite também dançar, fez a vereadora Chica do Fato dançar e fez grande púbico aproveitar a canja para cair na folia no intervalo  entre  uma escola de samba  e outra.

Estância é diferente. Está no sangue do seu povo a efervescência  cultural. Honra-nos ter um prefeito amigo do povo que canaliza esses valores para engrandecer a cidade, como fizeram outros no passado.  


Parabólica News
Genílson Máximo


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