"No quesito Segurança Pública o Estado parece que virou as costas para Estância"...
André Graça, vereador e presidente da Câmara Municipal de Estância |
Dias atrás o parlamentar usou a
tribuna da Casa para reclamar da Segurança Pública que o Estado oferece a cidade
de Estância. Cobrou do governador Jackson Barreto mais atenção para o município
que sofre com a onda de assaltos, roubos, homicídios e que nos finais de
semanas a Delegacia Regional não possui equipe plantonista.
André Graça disse que não é
cabível um município como Estância, com 70 mil habitantes, sede de onze municípios
da região Sul, possuir uma Delegacia Regional em que as vítimas tenham que prestar boletim de ocorrência
em Aracaju ou Itabaiana durante os finais de semanas.
“Outro dia fiquei envergonhado com a reclamação de um amigo que teve o
carro do pai roubado em Estância, disse-me que teve que prestar queixa em
Aracaju. Isso é uma vergonha para nós estancianos que fazemos a política desta
cidade. O Estado, parece, virar as costas para o nosso povo”, reclamou.
Segundo o Anuário Brasileiro de
Segurança Pública, foram mais de 61 mil mortes violentas intencionais no
período. Sete pessoas morreram assassinadas no Brasil a cada hora no ano em 2016. O
maior número já registrado pela série histórica do Anuário e que só encontra
similaridade na comparação com grandes tragédias. É como se o Brasil sofresse
um ataque de bomba atômica por ano, dizem os pesquisadores.
Ao falar sobre o tema à nossa
reportagem, André Graça lamentou
profundamente que Sergipe continue nesse patamar que envergonha os sergipanos
diante de outros estados da federação. Lamentou também o número de mulheres assassinadas no período,
conforme o
11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2016 foram assassinadas 4.657. O número representa uma mulher morta a
cada duas horas.
“É preciso que haja um trabalho conjunto
entre os três poderes, um trabalho de inteligência, de investigação; não
adiante cada um trabalhar de forma isolada. Ver outras questões como as
fronteiras, o combate às drogas, o cruzamento de informações entre as polícias,
investimentos”, salientou o entrevistado André.
Ascom CVE
Comentários