No Programa "Sábado Esperança" |
Foi
sepultado na tarde desta segunda-feira, 13, o forrozeiro José do Nascimento
Costa, de nome artístico “Zé Taquari”. O sanfoneiro veio a óbito na madrugada
desta segunda, em sua residência. Zé
Taquary estava cheio de vida, muito ativo aos 65 anos. Comumente, não perdia um bate-papo com os
amigos ao entardecer nos bancos da Praça Barão do Rio Branco.
Um
apaixonado pelo gênero do Forró, embora, a sua sanfona já não tocava tanto.
Nesses anos, ele trocara o acordeão por um teclado e não deixava a
desejar. Em uma das suas apresentações
em meu programa, SÁBADO ESPERANÇA, na Rádio Esperança, em janeiro deste ano, ele
deu um show de maestria com um repertório eclético.
Por
quase uma hora cantou, tocou, interagiu com os ouvintes, recebeu elogios,
atendeu pedidos musicais, deu um baita show. Cantou de Luiz Gonzaga a Benito di
Paula. Fez uma viagem pela MPB. Falamos sobre forró, samba, bolero, sobre as
dificuldades que o artista forrozeiro enfrenta nos dias de hoje e fez um
pedido:
“Que
os governantes, vereador, prefeito, deputado, senador, valorizem mais o forró, não
deixem o forró acabar sob pena de desaparecer. Pois, artistas como Jorge de
Altinho, Nando Cordel, Gláucio Costa, Flávio José, não têm mais o espaço merecido,
já não gravam mais, estão preteridos pelo forró de plástico e, agora, pela
sofrência”, defendeu.
Taquary
compôs vários forrós tais como “Gostoso de amar”, “Nordeste turístico”, “Forró
dos velhos” entre outras. Sua voz e sua sanfona sonorizaram muitas noites
juninas em Estância.
Inúmeras
vezes nos encontramos na Praça Barão do Rio Branco. Cumprimentava-me com jingle
pessoal – Meu locutor – dizia. Eu retrucava – Meu sanfoneiro amigo!
Na
tarde desta segunda-feira, 13, uma multidão, entre amigos, fã, colegas, foi
prestar a última homenagem ao artista. No interior do velatório (PAF) a sanfona
de Fabinho da Folha tocou um solo profundo, do jeito que ele gostaria de ter
tocado. Sob aplausos, choros, lágrimas, o seu esquife foi trasladado até o Cemitério
da Piedade.
Por:Genílson
Máximo
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